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Bovespa fecha em alta e renova máxima histórica nesta quinta

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O principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou em alta nesta quinta-feira (3), batendo o recorde de maior patamar de fechamento já registrado pelo segundo dia seguido. Neste pregão, os investidores continuaram repercutindo as expectativas pela aprovação de reformas econômicas, o que reduziu os efeitos do cenário externo mais negativo.

O Ibovespa subiu 0,61%, aos 91.564 pontos. Veja mais cotações. Nos dois primeiros pregões de 2019, o índice já subiu 4,18%.

A Eletrobras teve novo pregão de forte alta, ainda repercutindo as expectativas sobre a continuidade do processo de capitalização da empresa. A cotação das ações da empresa fechou no maior patamar em pelo menos 25 anos, segundo dados do Valor.

A Petrobras também subiu, em dia de posse do novo presidente da estatal.

Ibovespa em 2018
Pontuação de fechamento
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28/12/2018
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Fonte: Valor Pro

O mercado tem reagido com otimismo às declarações do novo ministro da Economia, Paulo Guedes, como a de que a Previdência Social, as privatizações e a simplificação de tributos são os “pilares da nova gestão”.

A equipe de estratégia da XP Investimentos, liderada por Karel Luketic, considerou “contundente” o discurso de posse do ministro, “que renovou as expectativas em torno da implementação de uma agenda liberal com redução da carga tributária, privatizações e redução de cargos”, destacou a Reuters. “Evidentemente que todo o foco estará na execução dos discursos de agora em diante”, ressaltou a equipe da XP.

Cenário externo

Os recuos das bolsas dos Estados Unidos reduziram os ganhos do mercado acionário brasileiro nesta quinta. Segundo o Valor Online, os índices norte-americanos eram minados pela divulgação de vendas mais fracas do que o esperado pela gigante Apple no final da quarta-feira, que também afetou bolsas na Ásia e Europa.

O viés negativo em bolsas no exterior também endossava alguma realização de lucro no pregão brasileiro – ou seja, investidores aproveitando a alta recente para vender ações a um preço maior do que o valor que pagaram na compra.

Destaques

As ações da Eletrobras avançaram 5,23% nas ordinárias e 6,01% nas preferenciais, ainda repercutindo a sinalização do ministro de Minas e Energia, de que pretende levar adiante a capitalização da elétrica de controle estatal, além manutenção do presidente-executivo da companhia, Wilson Ferreira Jr.

A Petrobras terminou o pregão em alta, em dia de posse do novo presidente, Roberto Castello Branco. As ações preferenciais subiram 4,45% e as ordinárias, 2,06%. Em seu discurso de posse, Branco criticou a existência de monopólios, e defendeu uma menor intromissão do Estado na economia.

Cerimônia de posse de Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras, no Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro  — Foto: Sergio Moraes/ReutersCerimônia de posse de Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras, no Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro  — Foto: Sergio Moraes/Reuters

Cerimônia de posse de Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras, no Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro — Foto: Sergio Moraes/Reuters

As ações de bancos também subiram. O Bradesco teve alta de 2,04% nas ações ordinárias e de 0,97% nas preferenciais, enquanto o Itaú subiu 0,91% nas ordinárias e 1,65% nas preferenciais. A Economatica destaca que o valor de mercado do Itaú passou para R$ 339 bilhões, a R$ 2 bilhões de diferença da empresa com maior valor, a Petrobras. Já o Bradesco ultrapassou a Vale e a Ambev como a empresa de terceiro maior valor de mercado, com R$ 259 bilhões .

Valor de mercado das empresas brasileiras em R$ bilhões — Foto: EconomaticaValor de mercado das empresas brasileiras em R$ bilhões — Foto: Economatica

Valor de mercado das empresas brasileiras em R$ bilhões — Foto: Economatica

Na outra ponta, a Vale se destacou entre as perdas do dia, com queda de 4,09%. O Valor Online destaca que as ações da mineradora são pressionadas pela cautela dos investidores em relação à China — o sentimento negativo aumentou após a Apple cortar suas estimativas citando o mau desempenho da economia do país asiático.

Além disso, os papéis da mineradora são afetados pelo novo dia de queda do dólar em relação ao real. Outras exportadoras também são afetadas por esse cenário. A Suzano liderou as perdas do dia, caindo 5,62%.

Nova carteira

A terceira prévia da carteira teórica do Ibovespa que irá vigorar a partir de segunda-feira (7) registra a entrada das ações da empresa de galpões logísticos Log Commercial Properties e mantém a inclusão dos papéis da BR Distribuidora.

Com as mudanças na carteira, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário, mantém em sua composição 65 ativos de 62 companhias.

A última preliminar mostra os papéis preferenciais do Itaú Unibanco com a maior participação, de 10,9%, seguidos por Vale, com 10,6%, e Bradesco, com 8,6%.

Petrobras responde por 7% nas preferenciais e 4,9% nas ordinárias na prévia para a portfólio que passa a valer a partir de segunda-feira, quarta e quinta maiores participações, respectivamente.

Na carteira atual, Vale ocupa a liderança, com 12,8% de participação, seguida por Itaú Unibanco (10,4%) e Bradesco (7,1%).

Ibovespa em 2018

No acumulado de 2018, o principal indicador da bolsa brasileira avançou 15%. Foi o terceiro ano seguido de ganhos para o Ibovespa, que subiu 27% em 2017 e 39% em 2016.

A bolsa brasileira teve em 2018 um dos melhores desempenhos entre os principais índices do mundo, em meio a uma queda generalizada nos mercados globais. As bolsas dos Estados Unidos, Europa, China e outros países da América Latina fecharam o ano com perdas.

Ibovespa em 2018
Pontuação de fechamento
28/1212/126/108/0223/28/321/34/417/430/414/525/508/0621/064/718/731/0713/824/86/920/93/1017/1030/1013/1128/1111/1226/12
G1
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