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CSP encerra 2017 com plena capacidade produtiva e impactos positivos na economia cearense

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A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) vai encerrar 2017 atingindo o volume de 3 milhões toneladas de aço produzidas desde o início dos testes da usina, em junho de 2016, e embarcadas para exportação via Porto do Pecém, superando a expectativa inicial de fechar o período com o montante de 2,7 milhões de toneladas de placas exportadas.

O bom resultado operacional foi possível pela combinação do incremento do processo produtivo e fatores relacionados à infraestrutura do Estado que refletem as operações da Cearáportos e da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará).  A melhoria no cenário da indústria nacional e aumento na demanda internacional por aço em 2017 também contribuíram para a CSP superar as expectativas de vendas.

A demanda mundial por aço deve encerrar 2017 com um crescimento de 7% em relação a 2016, com 1,622 bilhão de toneladas, de acordo com a Associação Mundial do Aço (WSA, sigla em inglês). Para 2018, a expectativa é de uma alta de 1,6% na demanda da commodity, chegando a 1,640 bilhão de toneladas. A expectativa é de que China, Estados Unidos e União Europeia, entre outras economias desenvolvidas, continuem apresentando crescimento na demanda por aço em 2018 (Fonte: Brasil Mineral).

O presidente da CSP, Eduardo Parente, afirma que, após o sucesso na implantação do projeto, bem como do rápido comissionamento da CSP, a conjuntura atual do mercado siderúrgico demanda da CSP esforços constantes, entre eles a redução de custos e os ganhos de produtividade.

“A CSP segue trabalhando continuamente para otimizar seus processos internos, tendo em vista que tem uma planta industrial nova. Os desafios vêm sendo trabalhados diariamente com o empenho das equipes, suas lideranças e tecnologia de ponta da planta. No que diz respeito às questões de logística externa, estas vêm sendo superadas em parceria com a Cearáportos. Estamos em um cenário muito melhor do que antes, seguimos observando o mercado, com o propósito firme de produzir placas de aço de qualidade, de forma segura, cuidando das pessoas e com as melhores práticas ambientais”, afirma Parente.

 

Compromisso ambiental

No âmbito social e ambiental, o ano de 2017 também foi especialmente importante para a CSP. Buscando ser referência em desenvolvimento sustentável no setor, a mais nova usina siderúrgica do país e a primeira integrada no Nordeste utiliza as melhores tecnologias ambientais e foi reconhecida por isto neste ano.

A siderúrgica recebeu, em junho, a Licença de Operação (LO) nº 102/107, emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).  A licença atesta que, nos últimos oito anos, a empresa cumpriu todos os compromissos assumidos desde a fase de construção e testes até o comissionamento.

Em novembro, de forma pioneira na siderurgia do Ceará, a CSP conquistou nova chancela ambiental: a certificação NBR ISO 14001:2015, que comprova gestão ambiental adequada, com base em parâmetros internacionais. Entre os principais processos auditados para certificação estão execução de controles ambientais, definição de políticas/ objetivos claros e análise de risco. Com a ISO 14.001, a CSP passa a integrar um grupo seleto de empresas que atendem a essas exigências ambientais: são 16 no mercado no Ceará; 194 no Nordeste e 1.718 em todo o Brasil. A usina também conta com a certificação ISO 9001, que atesta a qualidade de seus produtos em linha com os padrões internacionais do mercado do aço.

Reuso da água, reciclagem, reaproveitamento e venda de subprodutos, cinturão verde e produção de energia a partir de gases do processo siderúrgico são algumas das iniciativas que a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) adota na área ambiental.

Além de garantir a autossuficiência energética da siderúrgica, a termelétrica representa importante iniciativa do planejamento de compromisso ambiental da siderúrgica. A termelétrica (power plant) alcançou, em novembro, o montante de 530.985,76 MWh de energia vendida ao SIN (Sistema Interligado Nacional) – volume que abastece 3.539.905 residências durante um mês. Como Fortaleza tem cerca de 780.000 residências, esse montante de energia poderia abastecer todas as residências da cidade durante 4,5 meses, aproximadamente.

 

Evolução da produção e exportação de placas de aço

A CSP produziu 231.382 toneladas de placas de aço (94.981 placas) em novembro de 2017. Nas exportações, a empresa embarcou 230.004 toneladas de placas de aço no mês, chegando a um total de 2.984.343 toneladas de placas de aço exportadas desde o início de seu comissionamento em 2016.

A CSP já exporta para 18 países: Alemanha, Argentina, Áustria, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, Hungria, Indonésia, Itália, Marrocos, México, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Tailândia, Taiwan e Turquia. Também destina placas para o mercado interno (Brasil).

O impacto positivo da operação da CSP na economia do Estado já é significativo. No acumulado do ano da balança comercial do Ceará (jan a out/17), as exportações atingiram o volume de US$ 1.654.089.830, uma variação de 69,9% em relação ao ano anterior, ao passo que as importações caíram 38,7%. Somente no mês de outubro, as exportações atingiram o total de US$ 187,5 milhões.

O impacto positivo da operação da CSP na economia do Estado é significativo. A balança comercial do produto semimanufaturado de ferro ou aço não ligado (SH 7207) teve uma variação positiva de 916,2% no período*, saltando de US$ 79.456.507 para US$ 807.427.610, o que demonstra uma mudança de perfil da pauta exportadora do Ceará. O produto em questão representa um crescimento de 40,6% de participação do total exportado pelo estado do Ceará em 2017*.

* Dados referentes aos meses de janeiro a outubro de 2017, comparados com o mesmo período de 2016.

 

A participação cearense no total comercializado pelo Brasil no período é de 0,9% no acumulado do ano, frente a 0,64% em igual período de 2016.

Os dados acima têm como fonte o relatório “Exportações de Produtos Semimanufaturados de Ferro ou Aço” produzido pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O Ceará se posicionou na 14ª colocação no ranking dos estados exportadores brasileiros em 2017. Em termos de indicadores de crescimento, o estado registrou a terceira maior alta percentual no país com 69,9%, bem acima da média nacional, de 19,9%. O município de São Gonçalo do Amarante, onde a CSP está localizada, lidera a lista dos 10 maiores exportadores com US$ 867 milhões (aumento de 611,6%), representando mais da metade da pauta exportadora.

 

Compromisso social e capacitação de mão de obra

O Ceará está entre os cinco Estados brasileiros com maior quantidade de empregos gerados na siderurgia, atrás apenas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. De 2006 a 2015, houve uma alta de 767,3% na geração de vagas de trabalho no setor, segundo dados do Escritório Técnico de Estudos Econômicos (Etene) do Banco do Nordeste. O resultado está relacionado à implantação da CSP, primeira usina integrada do Nordeste. Até agora, a CSP gera 17.444 empregos, entre diretos, indiretos e terceirizados.

Por ser a primeira siderúrgica integrada do Nordeste, a CSP é responsável pelo surgimento de novas profissões na indústria cearense, empregos esses que já impactam positivamente no PIB do Estado, tais como operadores e profissionais de manutenção em Pátio de Matérias-Primas siderúrgicas, Alto-Forno e Planta de Tratamento de Gás (GTP).

No aspecto de formação de mão de obra, a expectativa é de fechar 2017 com a média de treinamento/ano por empregado de 55 horas. A CSP investe fortemente em capacitação de seus empregados, totalizando até o momento um aporte de R$ 185 milhões em treinamento e desenvolvimento contínuo de mão de obra, em outros Estados e até fora do país. O montante inclui treinamentos em segurança do trabalho, formação de operadores em parceria com o Senai-CE, treinamento operacional e sistemas de controle, treinamento em ambientação de novos operadores em outras siderúrgicas do país, transferência de tecnologia da Coreia do Sul e treinamentos de supervisores na Indonésia.

Além disso, a empresa implantou este ano o Programa Jovem Aprendiz CSP, com uma edição especial voltada para a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O 1º Programa de Estágio CSP, por sua vez, vem sendo realizado em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e será estendido a outras instituições.

 

Compromisso social com as comunidades vizinhas

Em sintonia com seus direcionadores estratégicos, a CSP tem um sólido compromisso com o desenvolvimento socioeconômico sustentável da região onde está instalada. Para que o compromisso gere resultados e para que possa cumprir plenamente o seu papel de importante indutora neste processo, a empresa tem uma atuação robusta, desde a sua fase de implantação, na área de responsabilidade social. Atuação que se mantém de forma perene na etapa atual, de plena operação da usina. Os investimentos totais somaram R$ 30 milhões no período de 2012 a 2016 e, somente neste ano, são da ordem de R$10 milhões.

 

Território Empreendedor

O Programa Território Empreendedor, realizado pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE), lançou um novo ciclo de fomento ao empreendedorismo nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia.

O investimento total nos dois ciclos da parceria CSP/ Sebrae é de aproximadamente R$ 1,2 milhão – montante voltado para incentivo, formação e orientação de empreendedores. Após os bons resultados desde o início do programa em 2015, o Território Empreendedor foi remodelado em sua terceira fase para impactar positivamente um público-alvo mais amplo. No total, cerca de mil empreendedores já participaram do Programa. Agora, serão beneficiados empreendedores formais e informais, potenciais empreendedores, empreendedores rurais e alunos das escolas públicas da região.

A CSP também implementou o Programa Ideia da Gente, que completou três ciclos de investimento totalizando o aporte de R$ 3,4 milhões nas comunidades vizinhas à usina. Os recursos foram destinados a apoio financeiro e capacitação continuada de moradores que inscreveram seus próprios projetos. Foram beneficiados 1.863 moradores.

Já o Diálogo Social, implantado em 2013, é uma plataforma que contribui para estreitar a relação da CSP com a comunidade vizinha. Por meio dele, a empresa busca reforçar seu papel social para a construção de relações fortes e duradouras, pautadas na confiança, no respeito e na transparência com os moradores da região.

No ano de 2017 o Diálogo Social foi reestruturado para atender às necessidades da empresa e da comunidade na fase de plena operação da usina. Para isso, a CSP conta com uma equipe de diálogo social de campo que realiza visitas às residências e locais de trabalho dos moradores, recebe as comunidades em visitas à planta, envia informações periodicamente on-line e realiza encontros com os líderes e capacitações para lideranças comunitárias. O Diálogo Social encerra o ano com 1.536 interações. Em 2018, um dos principais objetivos é criar o conselho comunitário da região.

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