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Déjà Vu, um mistério da mente

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Você já sentiu saudades de um lugar que você estava vendo pela primeira vez? Uma sensação, um reconhecimento, um aperto no coração, como se você estivesse familiarizado com aquilo? Pois isso é o que as pessoas chamam de déjà vu, ou “já visto” em francês. E foi exatamente o que me aconteceu ao visitar pela primeira vez várias regiões da Itália. Imagens, gostos, cheiros, experiências (como conhecer a neve), me causaram não só a emoção do novo, mas também me trouxeram memórias afetivas, algo como se eu estivesse me sentindo à vontade naquele ambiente.

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Explicação Científica?

Os cientistas têm várias explicações para o déjà vu, inclusive algumas bem pouco românticas, como disfunções do lobo temporal, na parte responsável pela memória. No filme Matrix,déjà vu seria uma falha da realidade virtual, que aconteceria quando estão consertando alguma coisa…  (Superinteressante, abril de 2008)

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Eu prefiro não tentar explicações e sentir apenas a parte prazerosa da coisa toda. Como quando pisei no lago de Garda, no norte da Itália, e tive um insight de vidas passadas desfrutadas naquela paisagem magnífica. Não que eu acredite nisso, apenas viajei com essa sensação e curti cada minuto. Sem mais perguntas. Às vezes, perguntar menos é aproveitar mais… e pronto.

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Então, voltar a todos esses lugares, levando minha família, foi pra mim a realização de um sonho. Trazer meus filhos a cidades onde vivi experiências que formaram o ser humano que sou hoje. Mostrar o lugar onde morei, voltar a restaurantes onde conheci vários sabores. À sorveteria que, para mim, fabricava o melhor sorvete do mundo, à pizzaria onde eu comia a melhor pizza da minha ainda curta vida… Tudo isso foi um momento de realização pessoal, regado a muita emoção.

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Não sei se significou para eles o que significou para mim. Não sei se eles vão se lembrar com tanto carinho daqueles dias. O que sei é que essa viagem me trouxe à tona vários sentimentos adormecidos, vários sonhos realizados e não realizados, várias expectativas concretizadas ou não, vários caminhos que poderiam ter sido e que não foram. Como se, numa encruzilhada, eu tivesse tomado um caminho que me afastou de todos os outros, sem ter consciência disso.

por Carla Vilhena
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