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Estudantes criam cadeira robótica para ajudar funcionária

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A vontade de ajudar uma funcionária deficiente da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Monsenhor Luís Ximenes Freire, em Santa Quitéria, 222 km de Fortaleza, mobilizou um grupo de quatro estudantes a produzir, sob orientação de uma professora, um projeto ousado: uma cadeira de rodas robótica controlada por um aplicativo. A ideia surgiu em meados de 2015, durante uma feira de ciências da instituição e deu aos estudantes, o primeiro lugar na feira.

“A gente uniu o útil ao agradável: A tecnologia em prol da acessibilidade. A robótica e a acessibilidade”, explicou o estudante Matheus Sousa, um dos idealizadores do projeto. “Tinha uma funcionária na escola, a Paulinha, que era cadeirante e para se locomover, usava uma cadeira de escritório, dessas com roda. Pensando nisso, criamos a cadeira”, completou. “Ela ficou muito feliz quando apresentamos. Gostou bastante”, ressaltou Gleison Mota, estudante.

Com a vitória na etapa municipal, os estudantes apresentaram o trabalho na feira regional, onde tiveram o mesmo êxito e em seguida, apresentaram na feira estadual, onde os participantes foram chamados para divulgar o projeto na Mostra Nacional de Robótica (MNR), considerada a maior da área robótica. No evento, os estudantes foram selecionados, entre outros 70 projetos, para receber uma bolsa de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), concedida para estudantes do Ensino Médio. “Os componentes eletrônicos são muito caros, o valor da bolsa praticamente não supre as necessidades que temos para desenvolver a cadeira”, lamentou Matheus.


Cadeira é controlada por meio de aplicativo. (Foto: Lucas Memória)

A iniciativa, denominada pelos estudantes como “Projeto Wheelchair Tech”, foi desenvolvido por estudantes da área de Informática, Eletrotécnica e Enfermagem. Atualmente compõem a equipe: Thamires Mara, Dalila Paiva, Gleison Mota, Matheus Sousa e a professora orientadora, Ana Eliza Mesquita. Os comandos da máquina são feitos por sensores que conectam ao aplicativo instalado em celular, por meio do bluetooth, sem necessidade de conexão com a internet.

Agora os estudantes querem que o equipamento seja disponibilizado para o mercado com baixo custo. Assim, tornando a cadeira acessível financeiramente à maior parte dos brasileiros, os criadores esperam que outras pessoas possam, como a funcionária da escola, utilizar o equipamento robótico.

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