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Gás é 70% do faturamento do Grupo Edson Queiroz

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Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Um raro perfil do Grupo Edson Queiroz foi publicado pelo jornal Valor Econômico. A pretexto de projetar possíveis futuros investimentos da empresa em energia eólica e construção civil, a reportagem do jornal sudestino acabou por detalhar os negócios do conglomerado de empresas genuinamente cearense com ramificações em todo o País.

Dois dirigentes do Grupo, netos do fundador Edson Queiroz, falaram à correspondente do Valor no Nordeste, a jornalista Marina Falcão. Algo incomum para a empresa familiar que prima pela discrição de seus proprietários. Tão discretos e de crescimento marcadamente orgânico que o último grande negócio (a compra das marcas de água da Nestlé – a volta às aquisições após décadas), foi noticiado em primeira mão pelo Focus.jor, muito embora o Grupo tenha em mãos a maior estrutura de comunicação e jornalismo do Ceará e uma das maiores do Nordeste.

A seguir, um resumo em tópicos da reportagem do Valor com base no que falaram Abelardo Gadelha Rocha, diretor-presidente do Grupo, e Igor Queiroz Barroso, diretor institucional (área jurídica e auditoria).

– O grupo Edson Queiroz possui um banco de terrenos com cerca de 300 imóveis urbanos e rurais. Um deles, em Aracati. na divisa com Rio Grande do Norte,  foi identificado “elevado potencial para produção de energia eólica”. Abelardo Gadelha calcula que o investimento em um parque eólico, que está nos planos, superaria mais de R$ 1 bilhão. Nesse caso, pela primeira vez o Grupo entraria nos leilões de energia eólica.

– O imenso banco de terrenos também levou a empresa a estudar investimentos próprios em construção civil e se lançar no ramo da incorporação imobiliária. Em 2019, o grupo quer lançar seu primeiro empreendimento imobiliário, com a Quepar Participações. “A maior probabilidade é que a estreia seja um residencial de altíssimo padrão na orla da Fortaleza. Em seguida, é possível que o Grupo comece a atuar nos segmento do Minha Casa, Minha Vida, com lançamentos em São Paulo e no Recife. ‘Estamos aguardando apenas reações mais nítidas de recuperação do mercado imobiliário’, diz Gadelha”.

– Há outra linha de terrenos que é adequada a investimentos no agronegócio. A ideia é diversificar a atuação hoje restrita à produção de leite. “Há terrenos com potencial de produção de grãos no Maranhão e Piauí e estudos estão sendo desenvolvidos para identificar outras culturas promissoras em outras propriedades”, diz a reportagem.

–  Quarta maior distribuidora de gás do país, a Nacional Gás representa cerca de 70% do faturamento do grupo, a Esmaltec (fogões e geladeiras) 14% e a Minalba Brasil (águas minerais) 11%.

– “De 2015 para a cá, a fabricante de fogões passou por uma forte reestruturação operacional e voltou a dar lucro, com a implementação do modelo de manufatura enxuta da Toyota. A companhia saiu de prejuízo de R$ 47 milhões em 2015 para ganho líquido de R$ 7,23 milhões em 2017, quando faturou R$ 822 milhões”.

– Na área de comunicação, o grupo é dono de duas afiliadas da Rede Globo, rádios em Fortaleza, Ceará e Rio, além do jornal impresso Diário do Nordeste. Os veículos ficaram sob comando de Edson Queiroz Neto, que é também diretor executivo do grupo. Recentemente, o jornal impresso passou por uma mudança de formato que reduziu em 30% o gasto com papel.

– Para promover as mudanças, o grupo recebeu consultoria McKinsey e Pinheiro Neto.

– Pelo meno um importante setor de atuação do Grupo Edson Queiroz não foi citado na reportagem. No caso, a educação superior. A Unifor pertence à Fundação Edson Queiroz, entidade sem fins lucrativos.

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