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Mais de 35 mortos nos incêndios que se estendem por Portugal e Norte da Espanha

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Ao menos 31 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas nos incêndios que afetam do centro e ao norte de Portugal, segundo confirmaram nesta segunda-feira fontes de Proteção Civil a Efe. Nem julho nem agosto: outubro e, concretamente, no domingo dia 15, será lembrado no país como no pior dia do ano pelo elevado número de incêndios florestais. São mais de 500 focos, há estradas e autoestradas cortadas e várias aldeias tiveram que ser evacuadas pelo perigo das chamas que se expandem com temperaturas superiores aos 30 graus centígrados, uma umidade inferior ao 20% e ventos fortes que levam o drama de uma parte a outra do país.

Na Galícia, uma comunidade autônoma espanhola vizinha a Portugal e que também foi severamente afetada, os incêndios fora de controle já provocaram quatro mortos. As autoridades trabalham desesperadamente para que o fogo não atinja Vigo, sua cidade mais populosa. Por enquanto, a prefeitura já pediu para que as pessoas que moram em zonas de risco abandonem suas casas e sigam para hotéis que irão receber os desabrigados. Aliás, 436 brigadistas que haviam sido contratados para atuar temporariamente, somente durante o verão europeu que já findou, foram demitidos. A única esperança dos bombeiros era a chegada das primeiras chuvas em meses, que aconteceu na manhã desta segunda feira.

A situação, porém, é trágica. Dos 500 incêndios contabilizados na região à meia-noite do domingo (horário local), 108 continuam ativos: mais de 5.000 bombeiros portugueses estão trabalhando neles. “Todos os meios de que dispõe o país estão trabalhando para a extinção”, prometeu a diretora de Proteção Civil (a Defesa Civil portuguesa), Patrícia Gaspar, mas aclarou que não espera extinguir todos os focos antes da terça-feira. Todo o centro e o norte do país está em alerta vermelha.

No país luso, os incêndios mais graves se agrupam no centro, nas serras que rodeiam Coimbra (aproximadamente 134.000 habitantes), embora a onda de incêndios se estende por Valença, Sertã, Viana do Castelo, Braga, Viseu e Monção. 17 bombeiros e seis civis sofreram queimaduras em acidentes durante os trabalhos de extinção dos incêndios, embora nenhum deles tenham se ferido gravemente, segundo o relatório de domingo. Duas das vítimas morreram no município de Penacova, no distrito de Coimbra. Uma terçeira faleceu no termo municipal de Sertã, no distrito de Castelo Branco, outros em Vouzela e em Oliveira do Hospital, também no distrito de Coimbra.

Destruição na Galícia

Na Galícia, os vizinhos contemplam exasperados como as chamas destroem as florestas, especialmente no sul. Quatro pessoas faleceram carbonizadas na Comunidade Autônoma espanhola e os serviços de Emergências e efetivos da UME (Unidade Militar de Emergências) continuam trabalhando para evitar que as chamas cheguem à núcleos urbanos como Vigo (quase 300.000 habitantes, a cidade mais povoada da Galícia). Um deles era um homem com mais de 70 anos que participava em um dos espetaculares grupos cidadãos para extinguir o fogo. Este fim de semana havia mais de uma centena de focos ativos mas, em parte graças à chuva, agora ficam umas dezenas.

EL PAÍS

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