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Milícia em Santa Cruz, no Rio, tem faturamento de R$ 300 milhões por ano

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Chefe da Polícia Civil do Rio, o delegado Rivaldo Barbosa afirmou em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (25) , na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte, que a milícia de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, fatura aproximadamente de R$ 300 milhões por ano.

“A operação de hoje foi destinada a uma área, o bairro de Santa Cruz, que por muito tempo está subjugado àquela organização criminosa. Dados da inteligência dão conta de que lá eles faturam aproximadamente 25 milhões de reais por mês. A gente tem a ideia da magnitude do poder nefasto daquela organização criminosa. São quase 300 milhões por ano”, disse Rivaldo.

Ao todo, 18 foram presas durante operação contra nesta quarta. Foram cumpridos, ainda, outros sete mandados contra pessoas que já estavam presas. É a segunda grande investida no mês contra o grupo criminoso conhecido como “Liga da Justiça”. No total, 33 vans irregulares foram apreendidas e toneladas de produtos contrabandeados foram confiscados.

A ação, que teve início às 4h, tinha como objetivo desmantelar braços econômicos de milicianos em Santa Cruz. Durante a investigação, agentes descobriram que o grupo criminoso passou também a atuar com contrabando, produtos que eram trazidos do Paraguai. O chefe do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), delegado Fábio Barucke, disse que no bairro foram encontradas cinco toneladas de mercadorias que seriam revendidas pelos criminosos.

 (Foto: Editoria de Arte G1)  (Foto: Editoria de Arte G1)

(Foto: Editoria de Arte G1)

“A milícia já foi entendida, anos atrás, como mal necessário. O que a milícia pretende, unicamente, é obter lucro. Ela propaga o terror e em seguida cobra pela van, gás, gatonet… A investigação também descobriu que eles começaram a ganhar dinheiro com contrabando, comprando no Paraguai”, disse Barucke.

Ainda durante a operação, policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) apreenderam três toneladas de produtos piratas no camelódromo do calçadão de Santa Cruz. Mais de 100 agentes participaram da operação, e contaram com o apoio de dois blindados e helicópteros da corporação.

Suspeitos presos em festa são soltos

Pouco antes da Justiça determinar soltura de 137 suspeitos presos durante a operação no último dia 7, o chefe da polícia, Rivaldo Barbosa, comentava a possibilidade de os detidos serem liberados. Barbosa disse que, embora o Ministério Público tenha se manifestado a favor da libertação, o órgão respaldou as prisões em flagrante realizadas pela polícia.

“No que diz respeito à manifestação do Ministério Público, nós entendemos isso naturalmente, uma vez que o Ministério Público diz na sua nota: ‘Os fatos justificam o auto de prisão em flagrante. Os elementos necessários para ser feito o flagrante naquele dia estavam presentes’. Ou seja, nós tivemos o apoio do Ministério Público e o respaldo da Justiça”, declarou o delegado.

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