Rogério Marinho (PL-RN) e cúpula do PL no Senado, em anúncio de candidatura à presidência da Casa
PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO
O senador eleito e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) oficializou, nesta quarta-feira (7), a candidatura à presidência do Senado Federal, prometendo combater o que chamou de ativismo judicial. Candidato escolhido pelo PL em alinhamento direto com o presidente Jair Bolsonaro (PL), Marinho irá travar forças contra a reeleição do atual presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Ao anunciar a candidatura, Marinho citou as manifestações que ocorrem desde o fim das eleições a favor de Bolsonaro e disse que elas são “bem-vindas”, desde que sem ferir princípios constitucionais. “Se manifestar pelo inconformismo faz parte do processo democrático”, defendeu.
Para o senador eleito, o que deve ser combatido são os excessos e o radicalismo “daqueles que se utilizam desses subterfúgios para praticarem atos antidemocráticos e do cerceamento da liberdade de expressão das pessoas. Isso que ameaça nossa democracia”.
Durante a conversa com jornalistas, Marinho criticou as decisões judiciais que bloquearam contas de deputados e influenciadores que apoiam Bolsonaro e disse ser necessário fazer frente ao que chamou de “ativismo, criatividade judicial”.
Ele também criticou Pacheco por não questionar os bloqueios, dizendo que o presidente do Congresso “não pode se omitir na hora que a liberdade e inviolabilidade do mandato está em jogo. Significa agressão direta ao parlamento brasileiro”.
Ex-ministro do Desenvolvimento Regional e ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Marinho foi indicado por Bolsonaro na semana passada, durante um almoço com as lideranças do PL, conforme apurou a reportagem. Inicialmente, a disputa interna era entre ele, Eduardo Gomes (PL-TO) e Carlos Portinho (PL-RJ).
Agora, o objetivo do partido é buscar o apoio de aliados. Pelas contas dos senadores do PL, Marinho já entra na disputa com aproximadamente 25 votos. O partido de Bolsonaro não abre mão de concorrer ao principal cargo do Senado e justifica que essa é uma demanda social demonstrada nas urnas, despontando o partido como a maior bancada no Senado.
A candidatura é um risco que o PL assume em perder espaço na Mesa Diretora. Marinho destacou, no entanto, que a postura do partido será pela disputa.
“Muitas vezes, a busca do poder pelo poder, do espaço numa mesa ou comissão pode fazer com que haja uma subserviência e um atrelamento absolutamente indesejado no processo legislativo. Estamos confiantes e tranquilos de que é esse o caminho que o PL tem que trilhar”, disse.
R7