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Explosão de carro-bomba deixa ao menos 15 mortos em Istambul

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Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas em um atentado com carro-bomba nas imediações do estádio do clube de futebol Besiktas, em pleno centro de Istambul (Turquia). Segundo os primeiros indícios, o alvo parecia ser um grupo de agentes policiais encarregados da segurança do estádio. A agência de notícia Reuters, citando fontes da polícia, afirmou que a cifra de mortes era de 13 pessoas, mas outros veículos a elevaram para 15, informação ainda não confirmada oficialmente. Uma fonte do Governo turco consultada pelo EL PAÍS afirmou que “há mortos”, mas não precisou o número e disse que todos são policiais.

O ataque aconteceu às 22h30 (17h30 de Brasília), cerca de uma hora e meia após o término da partida entre Besiktas e Bursaspor. No momento da explosão, não havia jornalistas ou jogadores dentro do estádio e a imensa maioria dos torcedores já havia saído, segundo explicou o ministro do Interior, Süleyman Soylu. No entanto, a região é uma área de muito movimento e que se encontra perto da praça de Taksim, centro noturno aos finais de semana.

O ministro do Transporte turco, Ahmet Arslan, declarou em sua conta do Twitter que se trata de um “atentado terrorista. Segundo a rede de televisão NTV, aconteceram duas detonações, em ambos os casos feitas por microônibus carregados com explosivos. O ministro Soylu também afirmou que o ataque foi efetuado com “veículos bomba”. Um deles explodiu perto da porta pela qual saíram os torcedores do Bursaspor, mas eles já haviam deixado o estádio. O outro explodiu em uma rua próxima. Ele também acrescentou que se averigua se os casos se trataram de atentados suicidas.

A equipe de futebol Bursaspor confirmou através de sua conta de Twitter que nenhum de seus seguidores se feriu. “Contatamos nossas torcidas. Aparentemente não há feridos entre elas. Desejamos a todos os afetados uma pronta recuperação”.

Os feridos foram levados aos hospitais próximos e nos arredores do ocorrido há o som de muitas ambulâncias. A polícia isolou o local e a imprensa foi proibida de chegar perto dos arredores do estádio. O Conselho de Rádio e Televisão Pública impôs uma proibição temporária na veiculação de certas imagens do atentado, ainda que a maioria dos meios sigam informando sobre o ocorrido.

Ainda que nenhum grupo ainda tenha reivindicado o ataque, vários grupos armados realizaram atentados similares na Turquia durante o último ano. O Estado Islâmico realizou três ataques suicidas em movimentadas áreas de Istambul. Também os grupos armados curdos Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) cometeram importantes atentados nos centros de grandes cidades turcas desde o fim das negociações de paz do ano passado.

O ataque aconteceu apenas um dia depois de uma macro-operação policial contra o crime organizado e grupos armados com ações simultâneas em todo o país, das quais participaram 40.000 agentes.

El Pais

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