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Brasil cresce, vence a Holanda e fica perto da vaga na Fase Final do Grand Prix

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Por Fabrício Marques, Cuiabá, MT

Melhores momentos de Brasil 3 x 1 Holanda pelo Grand Prix de vôlei feminino

Melhores momentos de Brasil 3 x 1 Holanda pelo Grand Prix de vôlei feminino

A seleção brasileira cresceu na hora certa. Vindo de campanha irregular no Grand Prix, o renovado time do técnico José Roberto Guimarães finalmente mostrou seu potencial. Com uma grande atuação defensiva e um paredão montado por Adenízia e Carol, o Brasil superou a forte Holanda nesta sexta-feira, em Cuiabá, por 3 sets a 1 – parciais de 25/17, 25/14, 18/25 e 25/19. O jovem grupo, que entrou na etapa correndo sérios riscos de eliminação, garantiu a segunda vitória seguida e agora está perto de mais uma classificação para a Fase Final do torneio.

Com o resultado, o Brasil volta ao quarto lugar da tabela, com cinco vitórias e três derrotas. Vitória contra os Estados Unidos no último jogo garante a presença entre as cinco seleções que vão às Finais. Porém, dependendo do complemento desta rodada, marcado para a madrugada deste sábado, em Bangcoc e Hong Kong, o time de José Roberto Guimarães pode até entrar já classificado para o duelo com as americanas. Para isso, precisa torcer por derrotas de Japão e República Dominicana para Sérvia e Itália, respectivamente.

A seleção brasileira encara os Estados Unidos no encerramento da fase de classificação no domingo, às 10h10 (de Brasília), novamente no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá. A TV Globo, o SporTV 2 e o GloboEsporte.com transmitem ao vivo.

Bloqueio foi uma das principais armas do Brasil contra a Holanda (Foto: FIVB) Bloqueio foi uma das principais armas do Brasil contra a Holanda (Foto: FIVB)

Bloqueio foi uma das principais armas do Brasil contra a Holanda (Foto: FIVB)

Bloqueio faz a diferença

Melhor fundamento do Brasil até aqui no Grand Prix, o bloqueio foi mais uma vez o principal destaque da seleção brasileira. Foi quase um set inteiro em pontos neste fundamento: 20 no total. O paredão foi comandado por Adenízia (8) e Carol (7), que contaram também com grande ajuda de Natália (4). Ao fim, a maior pontuadora da seleção brasileira foi Rosamaria, com 18, enquanto Celeste Plak terminou com 14 pelo lado holandês.

– A gente estava precisando de um jogo assim, de provação. Que a gente se superasse. Jogamos muito bem taticamente. Sabíamos que não ia ser fácil de maneira alguma, precisamos de muita concentração. Foi um resultado muito importante para o crescimento do nosso time, porque a gente sabe que, daqui para a frente, todos os dias são decisivos – disse Rosamaria ao fim do jogo

O jogo

No embalo da torcida, que compareceu em bom número ao ginásio, a seleção brasileira começou ligada. Defendendo bem – como pedido por Zé Roberto –, e com o meio de rede funcionando com Carol e Adenízia, as donas da casa abriram 8/6. O bloqueio holandês começou a encontrar as ponteiras brasileiras e dificultar as viradas de bola, mas as donas da casa souberam variar o repertório e manter a frente. Tandara ignorou a marcação, a rede brasileira continuou bem e o placar abriu: 17/12. Quando a Holanda ameaçou reagir, Roberta colocou uma bola de segunda que derrubou o moral das adversárias. Daí para a frente, o Brasil foi dominante, o bloqueio virou um paredão quase impenetrável – sete pontos na parcial -, e Carol fechou a contagem em jogada rápida pelo meio: 25/17.

1º set - Carol ataca pelo meio e fecha primeira parcial para o Brasil, 25 a 17

1º set – Carol ataca pelo meio e fecha primeira parcial para o Brasil, 25 a 17

O saque holandês complicou a recepção brasileira no início do segundo set. Mas dois fatores mantiveram o time amarelo no jogo: defesa e Adenízia. Nenhuma bola das adversárias caía com facilidade – destaques para Suelen e Natália, enquanto a veterana central usava a raça e técnica para colocar bolas importantes no chão e manter o Brasil na frente (8/7). Tandara e Rosamaria continuaram aparecendo bem no lado ofensivo, o bloqueio fazendo sua parte, e as brasileiras abriram mais uma vez (17/12). Em uma espécie de repetição da parcial anterior, o time continuou dominante no ritmo de Rosamaria e não deu nenhuma chance às rivais. Fim de set em 25/14 para o Brasil após toque para fora da capitã da Holanda, Maret Balkestein-Grothues.

Brasil x Holanda - Grand Prix vôlei Cuiabá (Foto: FIVB) Brasil x Holanda - Grand Prix vôlei Cuiabá (Foto: FIVB)

Brasil x Holanda – Grand Prix vôlei Cuiabá (Foto: FIVB)

O bloqueio seguiu funcionando e o Brasil abriu 8/4 no início do terceiro set. Porém, o time sofreu um apagão após a parada técnica. A recepção voltou a sofrer com o saque holandês e as visitantes viraram o placar rapidamente (10/11). Motores do ataque laranja, a oposta Plak e a ponteira Anne entraram no jogo e silenciaram o ginásio colocando 20/15 no placar e obrigando o técnico Zé Roberto a pedir tempo. Na volta, as brasileiras esboçaram uma reação com ataques de Monique e Natália, mas Celeste Plak tratou de frear as donas da casa com seu braço potente. Anne Buijs foi responsável por fechar o placar em 25/18, explorando o bloqueio.

Sem se deixar abater, o Brasil voltou a equilibrar o jogo no quarto set, que começou como uma gangorra. As donas da casa abriram 3/0, seguidos de cinco pontos seguidos da Holanda de Plak (3/5). Rosamaria e Adenízia trouxeram as brasileiras de volta para o jogo e o time amarelo fez 8/7 após ataque para fora de Anne. Veio então a parada técnica, que fez a diferença para o Brasil. Na volta, a defesa da seleção se acertou novamente, o bloqueio seguiu funcionando e Rosamaria e Natália trataram de abrir boa vantagem: 18/11. Quando a Holanda anotou quatro pontos seguidos (19/15), Zé Roberto parou o jogo para arrumar a casa. Daí para a frente, as brasileiras controlaram o placar para fechar em 25/19 com bloqueio de Roberta.

4º set - No bloqueio de Roberta, o Brasil fecha o jogo pra cima da Holanda, 25 a 19

4º set – No bloqueio de Roberta, o Brasil fecha o jogo pra cima da Holanda, 25 a 19

Entenda o Grand Prix

As 12 principais seleções do mundo disputam a primeira fase em três semanas. A cada etapa, são formados três grupos, com quatro equipes cada. Os times fazem nove jogos ao total na fase de classificação. Ao fim, as cinco melhores seleções seguem para a Fase Final, que contará ainda com a China, o país sede, e está marcada para ocorrer entre os dias 2 e 6 de agosto, em Nanjing.

Classificação do Grand Prix

Posição Vitórias Derrotas Pontos
1º Estados Unidos 6 2 19
1º Sérvia 6 1 18
3º Holanda 5 3 15
4º Brasil 5 3 15
5º Itália 5 2 13
6º China 5 2 13
7º Rep. Dominicana 4 3 11
8º Japão 4 3 9
9º Rússia 2 5 9
10º Tailândia 1 6 5
11º Turquia 1 6 4
12º Bélgica 0 8 1

*Vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 valem três pontos
*Em caso de 3 sets a 2, o time vencedor leva dois pontos e o perdedor um ponto

O caminho do Brasil

1ª semana – Ancara (Turquia)
07.07 – Brasil 3 x 0 Bélgica (25/22, 25/23 e 25/18)
08.07 – Brasil 0 x 3 Sérvia (19/25, 20/25 e 19/25)
09.07 – Brasil 3 x 2 Turquia (24/26, 25/17, 25/18, 22/25 e 15/13)

2ª semana – Sendai (Japão)
14.07 – Brasil 3 x 0 Sérvia (26/24, 25/17 e 25/22)
15.07 – Brasil 0 x 3 Tailândia (22/25, 21/25 e 25/27)
16.07 – Brasil 2 x 3 Japão (22/25, 24/26, 25/19, 25/20 e 15/17)

3ª semana – Cuiabá (Brasil)
20.07 – Brasil 3 x 0 Bélgica (28/26, 25/19 e 25/20)
21.07 – Brasil 3 x 1 Holanda
23.07 – Brasil x Estados Unidos, às 10h10 (de Brasília) (TV Globo e SporTV 2)

Globo Esporte

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