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Professores de escola em Fortaleza fazem manifestação para denunciar arrombamentos

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Os professores da escola municipal André Luís, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, realizarão, na manhã da terça-feira (17), a partir das 7h30, uma manifestação em frente à instituição para denunciar os constantes arrombamentos e invasões contra a escola, que têm apavorado alunos, pais e servidores. A escola atende crianças de 2 a 11 anos oficialmente, mas alguns alunos ultrapassam os 15 anos ainda cursando a 5ª série.

Segundo o representante dos professores, Helon Moreira, somente em setembro, a escola já sofreu seis arrombamentos, diversas invasões e lida com ameaças de acerto de contas entre membros de facções rivais dentro da própria instituição. Em um dos arrombamentos à creche da escola, criminosos roubaram 1080 fraldas, merenda escolar, panelas, botijões de gás, talheres, lençóis, material escolar, aparelho DVD e outros aparelhos eletrônicos do local.

Após mais um arrombamento, ocorrido nesta segunda-feira (16), os profissionais da André Luís convocaram os pais dos alunos para uma reunião para explicar o cenário de violência e anunciar a paralisação das atividades. “Não tem como trabalhar sem segurança. A gente não se sente segura, precisa de vigilância armada 24 horas aqui”. Segundo Helon, os fundos da escola, onde fica localizada a creche, tem um terreno em área de conflito entre três facções.

Prefeitura de Fortaleza

Os professores já entraram em contato com Prefeitura de Fortaleza, que garantiu a presença de agentes de segurança no começo das aulas, mas a medida não foi suficiente para garantir a segurança dos profissionais, que afirmam que jovens invadem a escola a qualquer hora do dia, usam drogas dentro da instituição e intimidam os profissionais, que correm o risco de serem assaltados no próprio local de trabalho. “A gente não se sente seguro, precisa de vigilância armada 24 horas aqui”.

Boatos

No dia 3 de setembro, rumores apontaram que uma facção iria invadir a escola, localizada em área de conflito entre três facções criminosas, para matar jovens membros de grupo rival. “Os pais começaram a tirar os filhos da escola, a direção conseguiu controlar o pânico. Contamos com a sorte e tentamos manter um clima de tranquilidade enquanto liberávamos os alunos”. Os rumores não se concretizaram, mas a André Luís foi invadida nos dias 6, 8, 13 e hoje, 16.

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