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O que a indicação de três cearenses para o Governo Bolsonaro tem a ver com política?

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Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

O que a nomeação da médica Mayra Pinheiro e do General Theophilo têm a ver com a política partidária? Nada. Não apostem nessa ideia.

Mayra vai para o Ministério da Saúde dirigir uma Secretaria com orçamento de R$ 4,5 bilhões não por ser filiada ao PSDB ou ter sido candidata a senadora nas últimas eleições. A médica, que foi convidada a deixar seu trabalho no HGF, vai para o cargo por ser uma das líderes nacionais de movimentos da área em que atua. O futuro ministro da Saúde, é parceiro de Mayra nesses movimentos.

Já Theophilo teve o cuidado de se desfiliar do PSDB quando as conversas em torno de seu papel no futuro governo começaram a evoluir. A ideia era justamente descaracterizar qualquer relação com indicações políticas para um cargo estratégico para o futuro do Governo de Jair Bolsonaro. Não se torna Secretário Nacional de Segurança Pública por indicação política. O que precisa pesar é o currículo do indicado.

Já a indicação do deputado federal (não reeleito) Danilo Forte é diferente. Para uma função sem orçamento, mas com ares de articulação política, era preciso um nome com boa interlocução no Congresso e, mais precisamente, na Câmara dos Deputados. Forte e Onyz Lorenzoni (DEM-RS), que será o ministro político de Bolsonaro, são coelgas de bancada. O cearense, que é filiado ao PSDB, será um dos braços desse trabalho de articulação.

Notem que na reunião com Onyx que definiu a posição de Danilo Forte estavam também os tucanos Roberto Pessoa, que se elegeu federal, e o deputado federal (não reeleito) Raimundo Gomes de Matos, também do PSDB. Dessa forma, está em curso uma articulação visando atrair o PSDB para a base de apoio do futuro Governo.

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