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Vídeo mostra assassinos em estacionamento onde deixaram carro com armas usadas no massacre em escola de Suzano

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Por Robinson Cerântula e Bruno Tavares, Jornal Hoje — São Paulo


Imagens mostram estacionamento usado pelos dois criminosos de Suzano para guardar carro

Imagens mostram estacionamento usado pelos dois criminosos de Suzano para guardar carro

Vídeo gravado por câmera de segurança mostra os assassinos do massacre em Suzano no estacionamento onde deixaram o carro com as armas usadas no massacre na Escola Estadual Raul Brasil nesta quarta-feira (13).

Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, aparece na frente da guarita do estacionamento. Atrás da janela está Guilherme Taucci Monteiro, de 17. Eles mataram oito pessoas nesta quarta: um homem em uma loja e sete na escola, e depois se mataram ao serem cercados pela Polícia Militar (PM). Outras 11 pessoas ficaram feridas, sendo que uma está em estado grave.

O motivo do crime ainda é investigado pela Polícia Civil. O Ministério Público (MP) de São Paulo vai apurar se uma organização criminosa na internet está por trás do massacre na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano. Os dois eram ex-alunos.

O veículo usado pelos dois ficou estacionado do dia 21 de fevereiro, quando foi alugado, até 7 de março.

Segundo policiais, Luiz e Guilherme iam até o local para conversar e guardar objetos que seriam utilizados no massacre, como revólver, machado, besta (espécie de arco com flecha) e bombas caseiras.

Para investigadores, o automóvel serviu como esconderijo do armamento. A polícia ainda tenta descobrir onde o carro ficou do dia 7 até quarta, quando a chacina ocorreu.

A Polícia já sabe que o revólver calibre 38 usado na chacina estava com a numeração raspada, o que indica a possibilidade de ele ter sido obtido com algum outro criminoso. Um machado, uma besta, espécie de arco com flecha, e bombas caseiras também estavam com a dupla.

Informações preliminares da investigação policial indicam que Guilherme e Luiz premeditaram o crime, planejando ele por mais de um ano, e ainda pretendiam matar mais pessoas do que as 13 vítimas fatais do massacre de Columbine, ocorrido em 1999 nos Estados Unidos. Naquele crime cometido há 20 anos numa escola, dois assassinos também se mataram em seguida.

Um dos amigos dos criminosos foi ouvido pela polícia na noite de quarta e contou que soube da intenção da dupla em fazer o atentado. Só não sabia quando seria.

Os investigadores já ouviram 20 pessoas no total, entre pessoas próximas aos assassinos e vítimas deles.

Massacre de Suzano

No massacre de Suzano, cinco alunos da Raul Brasil e duas funcionárias foram mortos. Antes de a dupla entrar na escola, o adolescente ainda matou seu tio em lava-jato em Suzano.

Morreram os alunos Caio Oliveira, 15; Cleiton Ribeiro, 17; Douglas Murilo Celestino, 16; Kaio Lucas da Costa Limeira, 15; e Samuel Mequíades, 16.

Também perderam a vida, a funcionária ; e Eliana Regina de OIiveira Xavier, 38; e a coordenadora pedagógica Marilena Umezu, 59.

O empresário Jorge Antonio de Moraes, tio de Guilherme, foi o primeiro alvo. Segundo policiais, ele teria sido morto pelo sobrinho por ter descoberto o plano da dupla.

Câmeras gravaram massacre

Câmeras de segurança da escola e da vizinhança e vídeos feitos por celulares de alunos e funcionários da escola gravaram o crime e o desespero das vítimas para fugir massacre.

Outras imagens também mostram os assassinos antes do crime. Eles haviam alugado um carro para cometer a chacina.

Primeiro foram a loja de Jorge, onde o sobrinho atirou nele e depois entrou no veículo, dirigido por Luiz. Os dois então foram para a escola. Pararam na frente do portão principal e entraram.

Guilherme chega e já começa a atirar nos colegas.

Depois aparece Luiz com um arco, flechas e uma mochila, onde carregava seis bombas caseiras. Com um machado, ele começa a golpear as vítimas caídas. Segundo a polícia, era para ter certeza de que elas seriam mortas.

As imagens mostram alunos e funcionários correndo. Alguns são golpeados por machado por Luiz. Um deles sai com a arma presa ao ombro.

Os corpos de Guilherme e Luiz ainda estão no Instituto Médico-Legal (IML) de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. Só serão liberados quando todos os mortos no ataque forem enterrados para evitar que parentes dos assassinos e das vítimas se encontrem.

Massacre em escola estadual de Suzano — Foto: Arte G1Massacre em escola estadual de Suzano — Foto: Arte G1

Massacre em escola estadual de Suzano — Foto: Arte G1

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