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NAH CARDOSO: “POR TRÁS DE UM FEED PERFEITO TEM MUITA RALAÇÃO”

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Uhul, que divertido! E ouvindo música. Hehe”. Foi com essas palavras que em 2009 Nah Cardoso (Natalia de Barros Cardoso), então com 16 anos, chegou ao Twitter sem ao menos imaginar onde compartilhar detalhes e fotos de seu dia a dia a levaria. “Não tinha tantas referências de que era possível trabalhar e ganhar dinheiro com redes sociais. Foi algo que virou um sonho conforme as coisas foram acontecendo”, relembra a paulistana, que ficou surpresa quando começou a ser procurada por marcas interessadas em parcerias.

Atualmente podendo escolher entre as marcas mais disputadas, Nah também vive uma ótima fase na vida pessoal: está morando há seis meses com o namorado, Pe Lu, ex-integrante da banda Restart e parte do duo Selva. Os dois se conheceram na adolescência em um dos shows de rock organizados por ele antes da fama, tiveram algumas idas e voltas, mas agora estão mais fortes do que nunca. Tanto que eles começam a pensar em realizar uma cerimônia de casamento. “Não era algo que eu queria, só que aos poucos estamos cogitando fazer algo”, entrega.

Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)

Ser influenciador é hoje o sonho de várias crianças e adolescentes, mas há alguns anos era uma realidade muito distante. O que você fez ou queria fazer antes de perceber que trabalhar com redes sociais era uma possibilidade?
Bom, como quase tudo mundo, eu tive aquela fase de querer ser veterinária, cantora e até astronauta na infância. Só que sempre fui muito comunicativa e criativa, além de gostar de ser filmada e fotografada. Então, no fim do Ensino Médio, decidi cursar Publicidade e Propaganda e fazer aulas de teatro, paralelamente. Quando tranquei a matrícula na universidade, lá em 2011/2012, não tinha tantas referências de que é possível trabalhar e ganhar dinheiro com redes sociais. Foi algo que virou um sonho conforme as coisas foram acontecendo.

Em que momento você percebeu que era hora de no mínimo dar uma pausa no curso de publicidade e propaganda e se arriscar na internet?
Quando as marcas, mesmo que bem poucas, começaram a me procurar. Criei um site e contratei uma relações públicas para me profissionalizar. Até então, não tinha plano de negócio, formato definido, nada. Ela me ajudou a direcionar meu conteúdo e, claro, a administrar e prospectar trabalhos. Algum tempo depois, minha mãe passou a ser minha assessora porque eu queria alguém de confiança e meus pais sempre me apoiaram.

O que sua mãe fazia antes de trabalhar com você?
Trabalhava com meu pai em um negócio de automóveis. Ela também foi aprendendo aos poucos porque não tinha experiência com influenciadores. Até porque ninguém tinha. [risos]

“Quando tranquei a matrícula na universidade, lá em 2011/2012, não tinha tantas referências de que é possível trabalhar e ganhar dinheiro com redes sociais”
Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)

E o que as pessoas não sabem, mas deveriam saber sobre ser uma influenciadora?
Que não é tão fácil como parece. Muitos acham que a gente só tira uma foto aqui, faz um vídeo ali e pronto. São tantos detalhes envolvidos! É uma empresa real, sabe? Com diversas áreas e coisas para se preocupar. Por trás de um feed perfeito ou de um vídeo incrível tem muita ralação, muita dor de cabeça. Eu sou extremamente dedicada, detalhista e perfeccionista. É preciso ter muito foco e força de vontade para fazer as coisas funcionarem.

Dá para ver mesmo que o seu feed no Instagram é muito bem pensado, da paleta de cores até a ordem das fotos. Como você consegue?
Antes de tudo, é preciso treinar o olhar. Observar a luz, a composição, as cores. Chega a ser um pouco de paranoia em alguns momentos, mas logo vira algo
praticamente automático. Fora que existem aplicativos de edição e organização que ajudam muito nesse sentido.

A empresa Nah Cardoso emprega quantas pessoas?
Minha mãe e eu na parte criativa, uma videomaker, um contador e um advogado.

Com tanto conteúdo e tanta gente na casa dos milhões de seguidores, ainda dá tempo de se tornar uma influenciadora de sucesso?
Sempre dá. É um mercado que não para de aumentar e é como as pessoas estão se comunicando e consumindo hoje em dia. As pessoas me pedem dicas, o segredo do sucesso, e é difícil dizer porque comigo foi tudo muito natural e cada um tem sua personalidade, seu estilo, suas vivências. O que eu costumo dizer é que é fundamental ser profissional. Saber como funciona uma empresa, um contrato, uma nota fiscal. Saber dialogar com seu público e com as marcas. E principalmente saber quem é você e qual é a mensagem que você quer passar porque é isso que vai fazer as pessoas se lembrarem de você.

Como você lida com a corrida pelos likes e o ego de outros influenciadores nos bastidores?
Essa coisa dos números na internet são cada vez mais discutidos, até em livros, documentários e estudo, e eu acho isso muito bom. A gente vive um momento em que parece que o número de likes corresponde ao tanto que você é reconhecido, querido, bem-sucedido. É fácil misturar as coisas e cair em um lugar ruim, de autojulgamento excessivo e frustração. Eu não sou minha quantidade de curtidas e visualizações. Isso não pode me definir ou dominar. Sei que tem muita gente doente por aí e às vezes até hoje eu me pego sendo dura comigo, chateada ou angustiada quando algo que exigiu muito esforço não dá o retorno esperado. Cada um lida com isso de uma forma.

“Eu não sou minha quantidade de curtidas e visualizações. Isso não pode me definir ou dominar”
Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)

Existe muita competição entre influenciadores?
Sim, mas não da minha parte. E quando sinto que estou chegando perto de agir assim, eu paro e penso que tenho que fazer o meu, focar em mim. As pessoas não vão deixar de assistir a uma influenciadora por causa de outra. Vão acompanhar as duas porque gostam das duas, ainda que por motivos diferentes.

Qual é a sua válvula de escape?
Dormir. [risos]Também voltei a malhar e converso muito com meus amigos, minha mãe e meu namorado. Ele, aliás, sempre me dá um toque nada sutil quando fico tempo demais mexendo no celular. A gente tem combinado algumas estratégias como deixar os celular em casa ou na bolsa na hora dos compromissos a dois e restringir o tempo e o horário de uso nas próprias configurações do aparelho. Agora, eu evito trabalhar antes das 11h para poder cuidar de mim (malhar, cuidar da pele e do cabelo…) e, à noite, vejo um filme ou leio um livro até pegar no sono. Antes eu dormia com o celular na mão!

Tem muitos haters?
Não, graças a Deus! [risos]Mas quando leio um comentário negativo, avalio se é algo construtivo, que devo levar para a vida. Se não for, eu ignoro. Dar bola pra coisas ruins só vai me fazer mal e não é isso o que eu quero.

Qual a melhor coisa que já leu sobre você na internet?
São tantas mensagens de carinho! Fico muito feliz quando meus seguidores me mandam mensagens dizendo que eu alegro a vida deles, que faço eles sentirem coisas boas e que sou inspiradora. Muitas vezes eu falo sobre coisas que penso ou que aconteceram comigo e cai como uma luva na vida de alguém e essa pessoa vai e agradece. Isso me enche de gratidão e me dá a certeza de que compartilhar une as pessoas.

E a pior?
Tem muito ódio na internet, embora eu não seja alvo com tanta frequência. O que me deixa mais chateada, de verdade, é quando vejo amigas minhas sofrendo por causa disso. Sempre tento ir lá, dar uma palavra de apoio. Sei que não é fácil. Somos humanos.

Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)

Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)

Já se deslumbrou com tantos elogios?
Eu sou muito pé no chão. Quando conquisto algo que acho incrível, só agradeço por ter a oportunidade de trabalhar com tantas marcas legais, estar em tantos lugares legais. Reconheço o merecimento, meu e da minha equipe, mas o sentimento é de curtir cada experiência da melhor maneira possível, sem me levar tão a sério.

Outros youtubers da sua geração já estão casando e tendo filhos. Faz parte dos seus planos?
Moro com meu namorado há 6 meses e pra gente é um casamento. Você aprende a lidar com as manias e os defeitos do outro, divide as contas e tudo mais. Mas a cerimônia em si nunca foi um sonho pra mim, apesar de aos poucos começarmos a cogitar essa possibilidade. Agora, filhos, não. Pelo menos por enquanto. Como é que eu vou ter um bebê se eu ainda sou um bebê? [risos]

Se as redes sociais acabassem amanhã, o que faria?
O mesmo que hoje, mas de outro jeito. Uma série ou programa de televisão, cursos, empresariamento… Ou tiraria um ano sabático e viajaria pelo mundo. [risos]

Sendo tão grande e podendo crescer ainda mais na internet, você tem alguma meta? Onde você quer chegar?
Sempre fui muito da parte de atuar, criar, empreender. Não tenho uma meta definida porque deixo as coisas acontecerem naturalmente. Há 7 anos eu não tinha noção de que viraria uma influenciadora e estaria aqui hoje fazendo uma capa, sabe? Então, eu deixo rolar. Claro que tenho alguns projetos, principalmente web série no canal e licenciamentos que sempre surgem para parceria com marcas, mas eu diria que quero estar sempre expandindo a empresa Nah Cardoso.

Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)

“Quando leio um comentário negativo, avalio se é algo construtivo, que devo levar para a vida. Se não for, eu ignoro. Dar bola pra coisas ruins só vai me fazer mal”

Você influencia muitas pessoas. Mas quem te influencia?
Eu me inspiro mais em cantoras e atrizes. Ariana Grande tem um corpo parecido com o meu e uma atitude meiga e ao mesmo tempo poderosa que me agrada muito. Já a Taylor Swift é uma referência no trabalho porque é muito inteligente, estrategista.

Falando em atitude e estilo, como, quando e por que começou a usar lentes de contato coloridas?
Então, eu vejo como um acessório mesmo. Algo bem lifestyle, que a gente pode usar para mudar a qualquer momento, para uma festa ou ocasião especial. O meu primeiro contato com lentes coloridas [risos]foi durante o Carnaval deste ano. Eu queria sair por aí toda diferentona com os olhos azuis, verdes…

E qual era a sua fantasia?
Não era bem uma fantasia. Era um look vibes sereia, com uma cauda meio rosa. Aí, eu fiz uma maquiagem supercolorida e me reinventei. Acho que essas lentes têm tudo a ver com esse momento de se olhar no espelho em uma nova versão, se sentir poderosa….

Como foi a experiência de usar pela primeira vez?
Estava com a minha mãe, que usa lentes de contato com grau há algum tempo e pedi a ajuda dela para saber como limpar, manusear, colocar, enfim. Foi uma experiência diferente de tentar entender o jeito certo de usar, respeitar a sensibilidade dos olhos e depois que você coloca é maravilhoso, né? Eu fiquei me olhando toda boba, tirando fotos e fazendo vídeos.

Mostra pra gente sua selfie favorita usando lentes, então.

Nah Cardoso (Foto: Divulgação)

“Acho que essas lentes têm tudo a ver com esse momento de se olhar no espelho em uma nova versão”

E você sempre quis mudar a cor dos olhos, se ver diferente?
É engraçado porque meus olhos são castanhos e na luz do sol ou em uma iluminação bem forte eles mudam para um tom tipo mel. Toda vez que isso acontece, eu fico pensando: ‘Como eu queria que meus olhos fossem dessa cor’. Então, é, eu sempre tive essa vontade.

Tinha receio ou até preconceito com relação a lentes coloridas? Algumas pessoas ainda ficam um pouco aflitas ao pensar na hora de colocá-las ou acham que vão dar um efeito artificial…
Olha, eu tenho unhas enormes e poderia muito ser a pessoa que fica com o pé atrás e cheia de dúvidas quanto a isso, mas pra mim tudo o que você quer fazer ou experimentar tem que ir lá e tentar mesmo. Nunca tive receio ou preconceito porque conheço muita gente que usa lente de contato, colorida e/ou com grau, e acho muito legal. Como eu disse, é um acessório, um jeito de se expressar e mostrar que é estilosa, que está por dentro das tendências…

Entre as opções de Lunare®, qual é a sua cor de lente favorita?
Nunca me vi usando lentes coloridas na cor cinza, mas agora estou amando a grey. Tem também a hazel, que é mais mel. Mas a que faz eu me sentir mais diferente é a azul. Azul é a cor que eu uso quando quero causar.

Nah Cardoso (Foto: Marcus Steinmeyer/ Editora Globo)
“Azul é a cor que eu uso quando quero causar”

E como você combina a maquiagem com a cor das lentes?
Cada tom de sombra vai destacar mais ou menos os seus olhos. Com a lente azul, por exemplo, fica bacana um delineado preto bem marcante. Com a hazel e a grey, por outro lado, eu faria algo mais iluminado, talvez com dourado e o côncavo bem marcado com marrom. Só que assim, até a maquiagem do dia a dia já vira outra quando a cor dos olhos muda. Lembro que na primeira reunião que tive com o pessoal da Lunare® eu estava bem básica e quando coloquei a lente azul fiquei me achando a própria Meghan Fox. [risos]

Em quais ocasiões mais se vê usando lentes de contato coloridas?
Eventos, como lançamentos e festas. Ou um vídeo especial, comemorativo.

Entrevista patrocinada por Lunare®. CONSULTE REGULARMENTE SEU OFTALMOLOGISTA. Lentes graduadas - VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Lentes planas - UTILIZAÇÃO SUJEITA À PRESCRIÇÃO MÉDICA. ©2019 Bausch & Lomb Incorporated ou suas afiliadas. Lunare® e Bausch & Lomb® são marcas registradas da Bausch & Lomb Incorporated ou suas afiliadas. LENTES DE CONTATO BAUSCH + LOMB TRI-KOLOR (MENSAL) Reg. ANVISA 80136060174, LENTES DE CONTATO BAUSCH+LOMB TRI-KOLOR (ANUAL) Reg. ANVISA 80136060173. SAC: 0800 702 6464 – sac@bausch.com Junho de 2019.
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