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Avianca suspende voos com origem e destino na Venezuela

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A companhia aérea Avianca anunciou que suspenderá seus voos de e para a Venezuela. Em um comunicado, a empresa afirmou que depois de uma reunião técnica realizada em Bogotá com as autoridades aeronáuticas, a decisão foi tomada e os diretores do Instituto Nacional de Aviação Civil da Venezuela e da AEROCIVIL, da Colômbia, foram notificados.

A Avianca afirmou que nos últimos meses tem encontrado dificuldades para a operação aérea naquele país, para o qual voa duas vezes por dia na rota Bogotá-Caracas-Bogotá e tem outro voo ligando Lima a Caracas. A venda de passagens está suspensa desde quarta-feira e a partir de 16 de agosto nenhum voo decolará para esse destino.


 

Oito companhias aéreas internacionais encerraram suas operações em Caracas. A primeira foi a Air Canada, em 2014. Seguiram-se Alitalia, Lufthansa, Latam, Aeroméxico, Gol, Tiara Air e United Airlines. A Avianca é a nona a deixar o mercado venezuelano, onde tem 54% da operação na rota Bogotá-Caracas e 77% na rota Lima-Caracas.

“Essa medida é baseada na necessidade de adequar vários processos aos padrões internacionais, melhorar a infraestrutura aeroportuária na Venezuela e garantir a consistência nas operações”, afirma a empresa no comunicado de imprensa com o qual se despede, por enquanto, de um serviço de mais de 60 anos.

“Na Avianca lamentamos ter chegado a essa difícil decisão, mas nossa obrigação é garantir a segurança da operação. Como empresa, temos toda a disposição e vontade para retomar os voos quando contarmos com as condições necessárias para fazê-lo”, disse Hernán Rincón, presidente executivo da Avianca, que anunciou que os passageiros com reservas para depois de16 de agosto poderão solicitar o reembolso de 100% do valor das passagens.

Em outubro, a companhia aérea denunciou a perseguição por parte de um avião venezuelano enquanto voava sobre esse país. Embora o incidente não tenha causado qualquer prejuízo para os 248 passageiros, o Ministério da Defesa da Colômbia enviou informações sobre o que aconteceu para a diretoria de soberania do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela para obter alguma explicação. O caso não foi esclarecido na época, mas seis meses depois a Avianca cancela sua operação no país vizinho.

EL PAÍS

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