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Bolsonaro se articula para pôr fim à ‘indústria da seca’ no semiárido

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O governo está empenhado em pôr fim à “indústria da seca”. Por décadas, políticos se aproveitaram da seca no sertão nordestino para manter o poder reinante e as tradicionais políticas assistencialistas. Entretanto, a ida do presidente Jair Bolsonaro a Campo Alegre de Lourdes (BA) para inaugurar a segunda etapa do Sistema Integrado de Abastecimento de Água municipal é um sinal claro da mudança de paradigmas

A viagem de Bolsonaro foi mais uma de uma série de visitas que ele fará ao semiárido nordestino. No próprio estado da Bahia, a expectativa é de que ele volte, em breve, para autorizar a liberação de recursos para obras e ações do Projeto Baixio de Irecê (PBI). Considerado o maior projeto de irrigação do Brasil, a ação vai irrigar uma área total de 48 mil hectares.

Mantida pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a área irrigada abrange os municípios de Irecê (BA), Itaguaçu (BA) e Xique-Xique (BA), todos localizados no semiárido. Ao longo da última semana, técnicos do governo promoveram encontros com investidores interessados em desenvolver a região.

Ovino Bom
O interesse na implantação do Baixio de Irecê vai além dos empresários circunscritos ao perímetro de irrigação. E chega aos pequenos produtores rurais das áreas de sequeiro da região, que enxergam entusiasmados a possibilidade do PBI produzir grandes quantidades de grãos, sobretudo milho, e garantir a segurança alimentar dos rebanhos.

A Agropecuária Vilani, com 3 mil hectares de área a ser irrigada, poderá produzir cerca de 36 mil toneladas de milho numa safra anual, o que atenderá a demanda alimentar de 3 milhões de cordeiros, considerando-se que um cordeiro consome 12 kg de milho. Assim sendo, pode-se afirmar que só a Agropecuária Vilani poderá atender 2,5 vezes o plano de produção de 1,2 milhão de ovinos vivos para a Arábia Saudita, como propõe o projeto Ovino Bom, mostrado anteriormente por Oeste.

Revista Oeste

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