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Com autoridade, Brasil goleia a Coreia. E está pronto para a Croácia, pelas quartas

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Com a volta de Neymar e um futebol fluente, extremamente ofensivo, o Brasil se aproveitou do espaço dado pela Coreia. 4 a 1 foi até muito pouco. Raphinha e Richarlison decisivos

Doha, Catar

Com autoridade e uma goleada sem questionamentos, o Brasil está nas quartas de final da Copa  do Catar. Entre os oito melhores do mundo.

Vai disputar uma vaga para a semifinal com a Croácia, na sexta-feira (9).

Com muito talento, a seleção não tomou conhecimento da Coreia do Sul, que havia eliminado o Uruguai da fase de grupos. 4 a 1 foi até um placar muito modesto.

Raphinha e Richarlison foram os grandes destaques do time de Tite, desmontando o sistema defensivo oriental.

Com a volta de Neymar, a seleção mostrou muita consciência para se aproveitar.

Duas excelentes notícias para Tite, antes mesmo de o jogo contra a Coreia do Sul começar. Primeiro, o treinador tinha Neymar pronto, sem dores, disposto a recuperar o tempo perdido. Os dez dias que levou para se recuperar. E as partidas contra a Suíça e Camarões, que desperdiçou

A segunda veio do possível confronto pelas quartas, contra a Croácia. O time europeu, atual vice-campeão da Copa do Mundo, se desgastou ao máximo para eliminar o Japão. 90 minutos, mais 30 de prorrogação. A classificação só veio nos pênaltis.

Ou seja, os croatas serão um adversário cansado, desgastado, na sexta-feira, pelas quartas. Com a partida acontecendo às 16 horas daqui de Doha, no calor abafado, seco, do Catar.

O jogo contra os sul-coreanos começou da melhor maneira possível. O time brasileiro estava muito confiante, porque sabia da superioridade técnica. A vitória por 5 a 1, no amistoso, em Seul, não havia sido por acaso.

Até Tite fez a 'dança do pombo' para comemorar o gol de Richarlison. Felicidade

Até Tite fez a ‘dança do pombo’ para comemorar o gol de Richarlison. Felicidade

PAUL CHILDS/REUTERS – 5.12.2022

O técnico da Coreia, o português Paulo Bento, havia dito que não teria “nada a perder” contra o Brasil. Ou seja, só a ganhar. Se sua seleção perdesse, não significaria nada no contexto geral.

Bento buscou montar duas linhas móveis de quatro jogadores, para tentar travar as intermediárias. Só que, quando a bola chegava às laterais, Rafinha e Vinícius Júnior levavam vantagem sobre Jin-su e Moon-hwan. Laterais muito fracos. E respeitosos. Evitavam ao máximo as faltas.

Tite montou o time de sua maneira tradicional. Mesmo com os dois laterais improvisados, Militão na direita e Danilo, na esquerda. Casemiro e Lucas Paquetá mais presos. Neymar livre no meio. Raphinha e Vinícius Júnior abertos nas pontas, e Richarlison na frente, como referência.

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Em 12 minutos, a classificação brasileira já estava garantida.

Aproveitando-se de todo o espaço oferecido pelos “gentis” sul-coreanos, que estavam espaçados e não faziam faltas, permitindo a fatal troca de bola dos brasileiros, os gols vieram em sequência.

Logo aos seis minutos, começou a festa. Raphinha driblou pela direita e cruzou, buscando Neymar. A bola passou por ele. Mas não por Vinícius Júnior, que bateu com sangue frio, para o fundo do gol. Brasil 1 a 0.

O gol deu ainda mais confiança à seleção. E assustou os coreanos, que seguiram da mesma forma, dando espaços, marcando mal. Além de o jogo brasileiro estar fluindo, ainda ganhou de presente o segundo gol.

Woo-young se distraiu. Ao se preparar para dar um chutão, não percebeu a chegada de Richarlison. E o chutou, e não a bola. Pênalti. Neymar cobrou com maestria. 2 a 0.

O Brasil percebeu que o frágil sistema defensivo coreano não se alterava. E seguiu se aproveitando. Com a marcação sem cobertura, bastava um dos talentosos atacantes de Tite driblar um coreano que se abria a defesa oriental.

Era o pedido de uma goleada. E ela veio. Com participações inesperadas. Richarlison dominou a bola de cabeça. Fez “embaixadas” com a testa. E serviu Lucas Paquetá, que tocou para Thiago Silva. Do zagueiro veio o passe perfeito para Richarlison, entre a zaga. O atacante não teve dificuldade em empurrar para a rede, na saída de Seing-gyiu. 3 a 0, aos 28 minutos.

Neymar cobrou pênalti com talento. Deslocando Seung-gyu. Confiança de volta

Neymar cobrou pênalti com talento. Deslocando Seung-gyu. Confiança de volta

REUTERS/CARL RECINE

Até Tite participou da comemoração, fazendo a “dança do pombo”, que Richarlison celebrou.

Neymar visivelmente fazia questão de tocar mais rápido que o habitual. Para evitar sofrer faltas que prejudicassem seu tornozelo recém-recuperado.

Justiça seja feita, o Brasil jogava muito bem. Consciente, trocando passes, driblando, envolvendo a Coreia. Raphinha e Richarlison desequilibravam a partida.

Mas viria outro gol, ainda no primeiro tempo.

Aos 35 minutos, Neymar descobriu Vinícius Júnior, que cruzou com perfeição para Lucas Paquetá ajeitar o corpo e fazer de pé direito. 4 a 0.

No segundo tempo, o Brasil diminuiu o ritmo. Sábia decisão, porque já tinha a vaga para as quartas. Não havia motivo para um desgaste além do necessário.

Daniel Alves entrou no lugar de Militão. Tite ainda poupou Danilo e Vinícius Júnior. Com Bremer improvisado na esquerda e a entrada de Gabriel Martinelli, o melhor reserva da partida contra Camarões.

A Coreia cresceu por conta do jogo decidido. E Alisson ainda fez duas ótimas defesas.

A luta dos orientais foi recompensada aos 30 minutos, quando Casemiro afastou bola levantada para a área. Ela caiu nos pés de Sheung-ho, que bateu forte. Ela desviou em Thiago Silva e ficou indefensável para Alisson. 4 a 1.

Neymar saiu apenas aos 35 minutos, mostrando estar pronto para os croatas.

O Brasil controlou o jogo, deixou o tempo passar.

E chegará com toda a energia na sexta-feira…

Veja as melhores fotos da goleada do Brasil contra a Coreia

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