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Conheça os crimes digitais mais comuns praticados no Brasil e saiba se proteger

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Segundo especialistas, país é um dos que mais cometem crimes do tipo no mundo. Golpes são cada vez mais sofisticados e exigem atenção redobrada

Ambiente digital exige muito cuidado para evitar golpes e fraudes

FREEPIK/REPRODUÇÃO

O Brasil é um dos países onde mais são cometidos crimes digitais. Com a pandemia de Covid-19 e o aumento de diversas atividades virtuais, os golpes se tornaram cada vez mais sofisticados e frequentemente utilizam identidades roubadas e sites falsos para enganar vítimas.

Pesquisas de empresas de segurança apontam o país como o 5º maior alvo de crimes do tipo. Os golpes mais comuns utilizam engenharia social, para manipular psicologicamente a vítima, ou dados sigilosos obtidos por roubos de celulares.

Outras modalides de fraudes utilizam sites falsos para capturar informações confidenciais ou inceitar a compra em lojas que não existem. Esse tipo de golpe cresceu 41% no ano passado, segundo a filial brasileira da Avast.

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Recentemente, entraram na moda os golpes que usam aplicativos de namoro como facilitadores. Os crimes praticados vão desde perseguições e ameaças até latrocínios e homicídios.

Ao mesmo tempo, criminosos também passaram a clonar contas de WhatsApp ou usar fotos roubadas para pedir dinheiro com urgência para contatos próximos. A pergunta feita por qualquer um é: como se manter seguro no ambiente digital?

Como se proteger?

Como são muitos tipos de crimes digitais, se proteger de todos eles exige atenção constante. O conselho da maioria dos especialistas é ficar atento, desconfiar de mensagens enviadas por desconhecidos e compartilhar o mínimo possível de informações pessoais.

Evite agir por impulso: não responda imediatamente mensagens de números desconhecidos no WhatsApp, mesmo que o contato tenha foto de pessoas próximas.

Não instale apps desconhecidos: outra forma comum de fraude usa apps fraudulentos ou piratas, que roubam dados e até “clonam” o celular. Nunca instale aplicativos de fora das lojas oficiais, que muitas vezes escondem códigos para sequestrar dados.

“Para ser bem-sucedido, este ataque exige que as vítimas ativem a opção “Instalar aplicativos desconhecidos” em seus dispositivos, que está desativada por padrão”, diz Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do Laboratório de Pesquisa ESET América Latina.

Crie senhas seguras: ter senhas seguras e com caracteres variados é fundamental para manter suas contas a salvo de invasões. E não economize: quanto mais caracteres, mais forte é uma senha.

“Embora essa dica pareça simples, a maioria das pessoas acaba utilizando as mesmas combinações em diferentes canais, o que facilita a ação dos hackers. Por isso, é importante criar senhas com caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas, além de números não-sequenciais”, diz Gustavo Duani, diretor de cibersegurança da Claranet Technology.

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Se possível, tenha perfis privados: “Ter o perfil privado é importante para que criminosos não saibam informações sobre a sua rotina, membros da sua família e amigos e utilizem esse conhecimento para aplicar golpes”, aconselha Gustavo Duani.

Fique de olho no seu email: alguns criminosos também reúnem informações para chantagear vítimas, um tipo de crime bastante comum no Brasil, segundo a empresa de segurança Trend Micro. Em janeiro, o país ficou topo do ranking de países que mais enviam ameaças de extorsão e sextorsão (do inglês sextortion, uma chantagem sexual).

Por isso, também é fundamental também monitorar emails suspeitos e bloquear contatos que enviam spam.

Cuidado em apps de namoro: no caso do Tinder, a empresa aconselha a nunca enviar dinheiro ou informações financeiras para perfis no aplicativo. Também é aconselhável ter prudência durante as primeiras conversas e encontros — evite dar informações muito pessoais ou financeiras nas primeiras conversas, e marque encontros em locais públicos.

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