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Delator diz que Cabral contou na cadeia que ‘Rei Arthur’ pagou US$ 2,5 milhões por votos para a Rio 2016

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Carlos Miranda, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador de Sérgio Cabral, disse em depoimento nesta segunda-feira (21) que o ex-governador contou dentro da cadeia, que o empresário Arthur Soares teria pago US$ 2,5 milhões para a compra de quatro votos de dirigentes africanos.

O operador, que assinou colaboração premiada, afirmou em audiência na Justiça Federal que os milhões seriam para “garantir” que o Rio fosse sede da Olimpíada de 2016. Arthur Soares, também conhecido como “Rei Arthur”, teria, segundo Miranda, efetuado os pagamentos por meio de um banco frânces.

Essa transação já era investigada pelos procuradores do MPF e constava na colaboração de Miranda. No entanto, foi a primeira vez que o delator confirmou o esquema em juízo.

Durante a audiência do processo Operação “Unfair Play”, a defesa de Cabral contestou a declaração de Miranda e perguntou a ele com qual intuito o ex-governador confessaria um crime para alguém que estava negociando para fazer uma delação.

Miranda respondeu dizendo que fazia parte da organização criminosa chefiada por Cabral.

Participei de uma organização criminosa em que o Sérgio (Cabral) era o chefe. Os comentários sobre esse crime ou outros crimes aconteceram ao longo de 30 anos. O Arthur era um parceiro de crime”, afirmou Miranda.

O G1 não conseguiu entrar em contato com a defesa de Arthur Soares. Atualmente, ele é considerado foragido da Justiça.

G1

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