A marcha pelo clima reuniu neste sábado (8) em Paris cerca de 18.500 pessoas, de acordo com a polícia, e 50 mil manifestantes, segundo uma estimativa da ONG 350.org, que participou da organização dos protestos.
O protesto respondeu a uma convocação lançada no Facebook por Maxime Lelong, 27 anos, após a renúncia, no final de agosto, do ex-ministro da Transição Ecológica da França, Nicolas Hulot. Entre os fatores que o levaram a jogar a toalha, a falta de apoio popular às questões ambientais no país.
“Eu vou ser pai em dezembro, eu quero que meu filho tenha um planeta habitável”, disse o criador do protesto, o jovem Maxime Lelong. O apelo deu certo e a convocação foi atendida por milhares de parisienses.
Além disso, uma tribuna assinada por 700 cientistas franceses foi publicada neste sábado no jornal “Libération”, um dos maiores da França, convocando os governantes a passar da intenção à ação para finalmente avançar para uma sociedade livre de carbono.
A expectativa é que o dia termine com uma grande manifestação em San Francisco, onde será realizada a partir de 12 de setembro a Cúpula Mundial de Ação pelo Clima, organizada pelo governador da Califórnia em resposta à política anti-ecológica de Donald Trump.
Protestos em todo o país
Foi na capital francesa que o protesto reuniu o maior número de manifestantes, numa marcha que deixou o pátio em frente à Prefeitura em direção à Praça da República.
Nos cartazes, slogans pedindo mais consciência pelas questões ecológicas, como “não há nenhum planeta B ” e “o amanhã está se preparando hoje”. As autoridades contaram 700 pessoas em Marselha (sul), 3.800 em Estrasburgo (leste) e 2.500 manifestantes em Toulouse (sudoeste).
Figuras políticas juntaram-se à marcha, como o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, em Marselha, e o ex-ministro socialista Benoît Hamon, em Paris. “Estar aqui é reenviar a mensagem de Nicolas Hulot quando ele deixou a pasta. Devemos confiar menos no governo do que na força do povo para mudar o clima”, disse Philippe Martin, Ministro da Ecologia em 2013-2014, presente no protesto de Toulouse.
G1