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Do Ceará para o País, franquias on-line de bem-estar ganham milhares de clientes e viram referência nacional

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Átila Varela
atila@focus.jor.br

A onda do novo coronavírus elevou a mortalidade das empresas. Os negócios tradicionais começaram a ter dificuldades com os decretos estaduais que tratavam do isolamento social (sim, a vida em primeiro lugar). Mesmo com todas as adversidades, o brasileiro, em especial o cearense, é empreendedor por natureza.

Com a Academia Personal, do empresário Helder Montenegro, não foi diferente. O desenrolar do vírus na Europa e na China ligou o sinal de alerta. O empreendedor viu, de longe, o que acontecia fora do País e já previa o pior.

“A nossa academia era voltada para a terceira idade. Quando vimos o avanço do coronavírus, pensamos: as pessoas não poderão frequentar o espaço tão cedo”, lembra. Outro erro crasso, segundo ele, foi não diversificar o público. “Devíamos ter apostado no atendimento diferenciado para as mulheres, pessoas obesas entre outros. A soma desses nichos, obviamente, traria sustentabilidade”, lembra.

Em vez de lamentar o encerramento das atividades, Helder resolveu virar o jogo e apostar em uma microfranquia do ramo de atividades físicas e bem-estar. Com a expertise na área das academias, nasceu a Person@ll.

“Depois que fechamos a Academia Personal, muitos alunos precisavam continuar. Pagaram o plano até o fim do ano. Tínhamos em torno de 200 alunos, mas conseguimos manter ainda 80 de maneira on-line. Agora realizamos tudo via teleatendimento”, pontua.

Funciona assim: profissionais de Educação Física se cadastram na plataforma. Colocam dados e referências e já começam a trabalhar. “A franquia dá o suporte não somente no digital, mas também no presencial. Por exemplo: se a pessoa quiser um personal, este poderá ir até a residência, praça pública, condomínio e realizar todo atendimento. O que entregamos é ciência e tecnologia para o profissional, além de gestão e marketing”, explica o empresário.

A plataforma deve iniciar as atividade amanhã, 13, com 150 franqueados. “As pessoas poderão ter de forma moderna e mais dinâmica esse tipo de atendimento profissional. Para o professor de Educação Física, irá ajudar bastante a gerir sua carreira e seu tempo”, completa.

O sucesso do negócio foi tamanho que até rendeu depoimento para a Forbes Brasil como case de sucesso durante a pandemia.

Gerenciamento de clínicas
Um desenho que já estava projetado para sair do papel e que teve de ser acelerado. Nesse sentido,  Helder Montenegro criou na área da saúde o modelo SCAL, destinado ao gerenciamento de clínicas e hospitais.

O modelo possibilita que as unidades de saúde entreguem serviços de fisioterapia por videochamadas (telemedicina). “Tudo estava preparado há mais de um ano. Por conta da pandemia, acabamos lançando”, ressalta.

Todo o atendimento ocorre via inteligência artificial. “O profissional pode customizar a consulta e o exame físico. A plataforma permite essa flexibilidade de agendamento. Outra novidade é o controle de leads, além do relatório de clientes ao fim do dia. Se o cliente faltou a consulta ou desmarcou, um time entre em contato para recuperá-lo”, pontua.

O sistema tem ainda outros trunfos. “É possível também saber a localização dos clientes por conta da ferramenta de geomarketing do Google e de outras informações que o cliente adiciona em seu cadastro”, complementa.

Hoje são 230 clínicas e hospitais no País cadastrados na plataforma, com 3.500 profissionais 88 mil pacientes já atendidos.

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