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Família denuncia morte de paciente por estrangulamento no Hospital Mental da Messejana, em Fortaleza

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Mãe da vítima recebeu ligação informando alta um dia antes da morte. Ao buscar o paciente, ela foi informada de que filho morrera por parada cardíaca.

Um paciente internado no Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, no Bairro Messejana, em Fortaleza, morreu na unidade logo após receber alta. A família informou ter recebido a notícia de que Felipe Quintela teve uma parada cardíaca, mas o laudo pericial apontou que o paciente morreu asfixiado por estrangulamento.

O paciente estava internado na unidade desde o dia 17 de maio em razão de crises de esquizofrenia, que estavam cada vez mais frequentes. A família costumava visitar Felipe, e ele aparentava estar bem fisicamente.

A administração do hospital disse apoiar investigações sobre a morte e informou que os funcionários que trabalharam na ala de Felipe foram afastados das funções para auxiliar a polícia na apuração do caso.

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“Eu fui [ao hospital]na sexta-feira, dia 17, ele estava bem, cortei as unhas dele. À tarde, elas me ligam e me dizem que ele estava de alta, e eu disse que ia buscar ele”, relatou a mãe da vítima, Raimunda Quintela.

No dia seguinte à última visita, a mãe recebeu uma ligação da unidade de saúde informando que ela comparecesse ao local. Ao chegar lá, ela foi direcionada à sala da assistência social e descobriu, a partir de um enfermeiro, o falecimento do filho.

“O enfermeiro disse: ‘a gente foi acordar ele, não conseguimos acordar, não sentimos o pulso, tentamos reanimar e não conseguimos’. Eu disse pronto, ali o meu mundo caiu”.

O tio da vítima, que acompanhava Raimunda, notou que o corpo do sobrinho possuía marcas de estrangulamento no pescoço e sangue na cabeça, mas o funcionário comunicou à mãe do paciente que o Felipe teria morrido por uma parada cardíaca. O laudo da perícia, contudo, apontou asfixia mecânica por estrangulamento como causa da morte.

Laudo pericial informou que paciente morreu no dia seguinte à última visita da mãe. — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Laudo pericial informou que paciente morreu no dia seguinte à última visita da mãe. — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

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“Já fiquei sabendo que não é o primeiro caso que acontece no Hospital de Messejana”, afirmou a mãe. “Eu quero justiça pela morte do meu filho, para que não aconteça com outros.”

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social faz diligências com o intuito de investigar as circunstâncias da morte, ocorrida em 18 de junho.

G1 CE

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