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Gilmar Mendes dá 10 dias para Serra se manifestar sobre inquérito na Corte

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Por Mariana Oliveira, G1, Brasília

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deu dez dias para o senador José Serra (PSDB-SP) se manifestar sobre um inquérito na Corte no qual o parlamentar é investigado.

O G1 buscava contato com a assessoria de Serra até a última atualização desta reportagem.

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao STF que envie a investigação para a primeira instância da Justiça.

O argumento da PGR é o de que o caso se refere ao período em que Serra era governador de São Paulo (leia detalhes mais abaixo).

Em maio, o Supremo decidiu restringir o foro privilegiado de senadores e de deputados federais a crimes cometidos no exercício do mandato e em função da atividade parlamentar.

O inquérito apura se a Odebrecht fez repasses a campanhas de Serra por meio de caixa dois. O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB (solto duas vezes por ordem de Gilmar Mendes), também é investigado no inquérito.

Desde que as delações surgiram, José Serra tem negado irregularidades, afirmando que todas as campanhas dele seguiram a lei.

Delação

Em delação premiada, o ex-executivo da Odebrecht Pedro Novis afirmou que aproximadamente R$ 21 milhões foram repassados a Serra por meio de caixa dois nas campanhas de 2002, 2004 e 2006.

Segundo o processo, há suspeita de um ajuste de mercado entre Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia, Camargo Correa, Serveng Civilsan, OAS, Mendes Junior, Queiroz Galvão, CR Almeida, Constran e Odebrecht para fraudar licitação do Rodoanel Sul, no Estado de São Paulo. Dirigentes da Dersa teriam participado das conversas.

A Procuradoria Geral da República apontou suspeitas de pagamentos no exterior para a campanha presidencial de Serra em 2010.

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