A ministra do Interior do governo britânico, Amber Rudd, disse, esta quinta-feira, que o Reino Unido enfrenta uma nova fase do “terrorismo global” e anunciou uma análise independente à resposta das autoridades aos recentes atentados.
Rudd disse na Câmara dos Comuns que 13 planos ligados diretamente ou inspirados por “extremistas islâmicos” foram neutralizados entre junho de 2013 e o recente ataque da ponte de Westminster, em março.
A ministra revelou também que só desde março foram evitados cinco planos de ataque. “Acreditamos que estamos a viver uma nova tendência em relação às ameaças que enfrentamos”, afirmou Amber Rudd.
A ministra acrescentou que é preciso fazer mais “para atacar” os extremistas que, frisou, querem “radicalizar e armar” os jovens britânicos.
Os serviços de segurança de Londres têm alertado que os cidadãos britânicos envolvidos com o grupo armado Estado Islâmico (na Síria e no Iraque) constituem uma ameaça quando regressam ao Reino Unido.
Rudd anunciou ainda uma revisão independente da forma como as autoridades responderam aos ataques terroristas perpetrados no Reino Unido nos últimos meses.
Esta análise visa “aprender” com o que se passou nos atentados em Westminster, em Manchester, na Ponte de Londres e na mesquita de Finsbury Park (norte de Londres).
A 22 de março, um homem atropelou peões na ponte de Westminster (Londres) antes de apunhalar um polícia junto ao Parlamento, enquanto a 22 de maio um suicida fez explodir uma bomba no exterior da Arena de Manchester no final de um concerto de Ariana Grande, provocando a morte de 22 pessoas.
A 3 de junho, três islamitas atropelaram com uma furgoneta peões na Ponte de Londres e esfaquearam pessoas no mercado de Borough, matando oito pessoas, enquanto na segunda-feira passada um homem lançou a sua camioneta contra fiéis junto à mesquita de Finsbury Park, num ataque em que um homem perdeu a vida.
JN/PT