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Governo prorroga prazo para policiais militares da reserva se apresentar e reforçar segurança contra ataques no Ceará

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Por G1 CE


Polícia apreende 700 quilos de explosivos em Fortaleza

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O Governo do Ceará prorrogou o prazo para que os policiais militares da reserva se apresentassem no Comando Geral da PM para reforçar a segurança contra os recentes ataques criminosos no estado. O prazo estipulado pela PM era até esta quarta-feira (16), mas foi estendido até sexta-feira (18). Cerca de 1,2 mil homens devem ser convocados, segundo o Governo do Estado.

Desde o dia 2 de janeiro, quando iniciou a onda de violência no estado, foram confirmados 206 atentados em 46 dos 184 municípios cearenses. Os ataques começaram em Fortaleza, foram para a Região Metropolitana e também se espalharam por diversas cidades do interior do estado. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, 375 pessoas foram capturadas por envolvimento nos crimes.

De acordo com o Relações Públicas da PM, coronel Jano Marinho, a prorrogação se deve pela dificuldade em entrar em contato com os agentes que moram principalmente no interior do Ceará.

“A prorrogação é em razão da dificuldade de você conseguir contato com as pessoas que moram no interior do Estado. Eles não acessam a internet e nós temos policiais a sua maioria entre com idades de 55 a 60 anos. Hoje nós temos essa dificuldade de comunicação. Os meios de comunicação acabaram ajudando muito, mas a prorrogação se deve a razão desse fato”, afirmou.

Policiais Militares da reserva começam a se apresentar no Ceará

Policiais Militares da reserva começam a se apresentar no Ceará

A apresentação no quartel começou na terça-feira (15). Os que já assinaram os documentos, deveriam ter começado a trabalhar hoje [quarta-feira]. Mas, atrasos na preparação das fardas e coletes atrasaram a saída às ruas.

“Logo depois desses ajustes, os policiais militares devem retornar as ruas até sexta-feira. Eles serão designados em um primeiro apenas para reforçar o policiamento em Fortaleza. E se necessário podem ser deslocados para outras regiões do estado”, disse.

Policiais da reserva se apresentam para voltar às ruas no Ceará — Foto: João Pedro Ribeiro/TVM Policiais da reserva se apresentam para voltar às ruas no Ceará — Foto: João Pedro Ribeiro/TVM

Policiais da reserva se apresentam para voltar às ruas no Ceará — Foto: João Pedro Ribeiro/TVM

Apresentação obrigatória

A Polícia Militar reforça que a apresentação é obrigatória para os PMs que estão na reserva há no máximo cinco anos e que moram no Ceará. Aqueles que não residem no Ceará não estão obrigados a se apresentar.

Quem não se apresentar vai responder administrativamente por transgressão disciplinar. E quem não puder mais trabalhar precisa trazer um atestado médico e passar por uma avaliação na PM.

A convocação é possível após a aprovação de uma lei na Assembleia Legislativa, em sessão extraordinária neste sábado (12), durante o recesso parlamentar. Os policiais da reserva que voltarem a trabalhar irão receber uma gratificação extra.

Entenda o que está acontecendo no Ceará

  • O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios.
  • O novo secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos.
  • Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior.
  • O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas; 406 agentes da Força Nacional reforçam a segurança no estado.
  • A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com interrupções no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o fechamento do comércio.
  • A onda de violência afastou turistas e fez a ocupação hoteleira no estado cair.
  • 35 membros de facções criminosas foram transferidos do Ceará para presídios federais desde o início dos ataques, segundo o último balanço do Ministério da Justiça.
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