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Inovação será chave no setor energético, apontam especialistas

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A inovação no setor energético deverá ser a grande chave para evolução da distribuição e outros segmentos nos próximos anos, considerando, por exemplo, a evolução da matriz energética para um patamar menos agressivo ao meio ambiente e à utilização de carros elétricos. As perspectivas foram discutidas por empresários e representantes do setor energético durante o terceiro dia do Proenergia, realizado pelo Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e o Sebrae.

Em 2020, o evento acontece de forma híbrida, com atuação online e presencial dos participantes. Além disso, esta edição conta com o apoio institucional do Sistema Verdes Mares (SVM). 

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Durante o sexto painel do dia, Paulo Luciano de Carvalho, superintendente substituto de pesquisa e eficiência energética (SPE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontou que o setor de energia no Brasil precisará investir bastante em inovação, já que as tendências internacionais apontam que, no futuro, o mercado será descentralizado e digital. Ele também destacou a importância da atuação das empresas de distribuição de energia para que esse movimento se concretize no Brasil.

“Estamos evoluindo, mas ainda precisamos pensar muito a questão da inovação. Como será o futuro? Será com energia elétrica descentralizada e digital. E quem vai fazer essa transição são as empresas de distribuição de energia”, disse Paulo. Ele ainda reforçou o papel da Aneel em dar as condições para que as empresas possam investir mais em pesquisa e inovação. 

Matriz

Sobre a evolução do mercado energético, Mauricio Moszkowicz, pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou que as empresas de distribuição terão de elaborar novos planejamentos relacionados às tarifas de energia por conta das mudanças esperadas para o mercados nos próximos anos.

Segundo Moszkowicz, como a expectativa é que a demanda por carros elétricos seja impulsionada no futuro, as distribuidoras terão de se adaptar a essas novas relações para poder auxiliar o mercado a consolidar tendências que poderão promover a redução de danos ambientais causados pela matriz energética. “As tarifas terão de evoluir para um mecanismo mais dinâmico. A mobilidade energética deverá ser uma das grandes mudanças desse novo normal”, disse o pesquisador. 

Já Hugo Figueiredo, presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás) ressaltou os esforços da estatal em ampliar a presença de mercado na produção energética a partir do biogás. Ele comentou que Limoeiro do Norte, Sobral e região do Cariri poderiam receber novos projetos de usinas geradoras no futuro, mas não deu mais detalhes sobre os projetos.

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