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Mãe denuncia maus-tratos a filho de 2 anos em creche de Fortaleza; polícia investiga o caso

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Uma mãe denunciou que o filho de dois anos e meio foi vítima de maus-tratos em uma creche municipal de Fortaleza, após a criança apresentar arranhões no corpo e no rosto, machucados e marcas de mordidas. O menino passou por exame de corpo de delito e o caso foi registrado na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e Adolescente (Dececa) em 31 de maio.

A criança ficava aos cuidados da creche União, no Bairro Paupina, desde que tinha pouco mais de um ano de idade, no período de 7h às 16h, durante a semana. No último dia 29 de maio, o menino voltou pra casa com mais de 10 marcas de mordidas pelo corpo e arranhões, afirma a mãe, que não quis ter o nome identificado.

“Eu deixava ele na creche pra poder trabalhar. Já vinha acontecendo dele chegar com algumas marcas, eu perguntava e ela [a professora]dizia que ele ou tinha caído ou ela não tinha visto. Uma vez ele chegou machucado no rosto. Resolvi falar com a coordenadora, falei que vinha acontecendo isso. A coordenadora falou que ia falar com a professora e isso não ia mais acontecer”, conta a mulher.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) investiga o caso de lesão corporal, registrado em boletim de ocorrência no dia 31 de maio. Detalhes da ocorrência não foram repassados para não comprometer o trabalho policial.

A Secretaria Municipal da Educação alegou que o episódio foi um incidente ocorrido entre duas crianças da mesma sala e faixa etária.

Mãe denuncia que filho foi vítima de maus-tratos em creche de Fortaleza — Foto: Arquivo PessoalMãe denuncia que filho foi vítima de maus-tratos em creche de Fortaleza — Foto: Arquivo Pessoal

Mãe denuncia que filho foi vítima de maus-tratos em creche de Fortaleza — Foto: Arquivo Pessoal

Marcas pelo corpo

Este ano a criança mudou de sala, que passou à responsabilidade de uma nova professora com ajuda de uma auxiliar. As marcas de suposta agressão começaram a surgir há cerca de um mês, segundo a mãe.

“Uma vez ele chegou mordido, uma mordida. Outra vez foi a orelha machucada, vermelha, e a perna roxa. Outra vez o rosto arranhado de unha, dos dois lados”, relata.

Com o caso dos ferimentos, ela percebeu mudanças no comportamento do menino. “Ele chora mais, tá mais sensível, fica se assustando à noite. E não fala nada ainda”.

A mãe também diz que, ao ser questionada, a professora alegava que os machucados eram feitas por outra criança, uma menina.

“Quando fui pegar ele, tava daquele jeito. Ela disse que não viu, que o menino não chorou e que tinha sido uma menina da mesma idade que tinha feito aquilo. Impossível duas pessoas na sala não verem. Até se eu brigar com ele, ele já chora”, enfatiza.

No dia último dia 29, quando o filho saiu da creche com mais ferimentos, a mãe foi chamada pela coordenadora para conversar.

“Peguei ele e ia embora, mas a filha da coordenadora, que trabalha lá, pediu pra eu aguardar. Ela [coordenadora]pediu desculpa e disse que ia trocar ele de sala e que a professora ia ser demitida”, afirma.

Depois deste dia, mãe e filho não retornaram ao local. Atualmente, a criança fica aos cuidados de uma tia para que a mãe possa trabalhar.

Incidente entre crianças

A Secretaria Municipal de Educação (SME) classificou o caso ocorrido na creche parceira União da Paupina como um incidente ocorrido entre duas crianças da mesma sala e faixa etária.

Segundo o órgão, foi realizado atendimento tanto à família do bebê machucado, quanto a da criança que teria provocado os ferimentos. Foram dados os “encaminhamentos necessários, visando assegurar a proteção, integridade e preservação das crianças envolvidas”, diz a nota.

Em relação aos relatos da mãe envolvendo a professora, a SME informa que está em contato com a entidade que gerencia a creche para apurar o caso e tomar as providências. Informou ainda que, em 30 anos de atuação da creche na comunidade, esta é a primeira ocorrência nesse sentido.

A SME está em articulação com o Conselho Tutelar e a equipe da Célula de Mediação Social e Cultura da Paz da SME já está atuando no caso.

Uma mãe denunciou que o filho de dois anos e meio foi vítima de maus-tratos em uma creche municipal de Fortaleza, após a criança apresentar arranhões no corpo e no rosto, machucados e marcas de mordidas. O menino passou por exame de corpo de delito e o caso foi registrado na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e Adolescente (Dececa) em 31 de maio.

A criança ficava aos cuidados da creche União, no Bairro Paupina, desde que tinha pouco mais de um ano de idade, no período de 7h às 16h, durante a semana. No último dia 29 de maio, o menino voltou pra casa com mais de 10 marcas de mordidas pelo corpo e arranhões, afirma a mãe, que não quis ter o nome identificado.

“Eu deixava ele na creche pra poder trabalhar. Já vinha acontecendo dele chegar com algumas marcas, eu perguntava e ela [a professora]dizia que ele ou tinha caído ou ela não tinha visto. Uma vez ele chegou machucado no rosto. Resolvi falar com a coordenadora, falei que vinha acontecendo isso. A coordenadora falou que ia falar com a professora e isso não ia mais acontecer”, conta a mulher.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) investiga o caso de lesão corporal, registrado em boletim de ocorrência no dia 31 de maio. Detalhes da ocorrência não foram repassados para não comprometer o trabalho policial.

A Secretaria Municipal da Educação alegou que o episódio foi um incidente ocorrido entre duas crianças da mesma sala e faixa etária.

Mãe denuncia que filho foi vítima de maus-tratos em creche de Fortaleza — Foto: Arquivo PessoalMãe denuncia que filho foi vítima de maus-tratos em creche de Fortaleza — Foto: Arquivo Pessoal

Mãe denuncia que filho foi vítima de maus-tratos em creche de Fortaleza — Foto: Arquivo Pessoal

Marcas pelo corpo

Este ano a criança mudou de sala, que passou à responsabilidade de uma nova professora com ajuda de uma auxiliar. As marcas de suposta agressão começaram a surgir há cerca de um mês, segundo a mãe.

“Uma vez ele chegou mordido, uma mordida. Outra vez foi a orelha machucada, vermelha, e a perna roxa. Outra vez o rosto arranhado de unha, dos dois lados”, relata.

Com o caso dos ferimentos, ela percebeu mudanças no comportamento do menino. “Ele chora mais, tá mais sensível, fica se assustando à noite. E não fala nada ainda”.

A mãe também diz que, ao ser questionada, a professora alegava que os machucados eram feitas por outra criança, uma menina.

“Quando fui pegar ele, tava daquele jeito. Ela disse que não viu, que o menino não chorou e que tinha sido uma menina da mesma idade que tinha feito aquilo. Impossível duas pessoas na sala não verem. Até se eu brigar com ele, ele já chora”, enfatiza.

No dia último dia 29, quando o filho saiu da creche com mais ferimentos, a mãe foi chamada pela coordenadora para conversar.

“Peguei ele e ia embora, mas a filha da coordenadora, que trabalha lá, pediu pra eu aguardar. Ela [coordenadora]pediu desculpa e disse que ia trocar ele de sala e que a professora ia ser demitida”, afirma.

Depois deste dia, mãe e filho não retornaram ao local. Atualmente, a criança fica aos cuidados de uma tia para que a mãe possa trabalhar.

Incidente entre crianças

A Secretaria Municipal de Educação (SME) classificou o caso ocorrido na creche parceira União da Paupina como um incidente ocorrido entre duas crianças da mesma sala e faixa etária.

Segundo o órgão, foi realizado atendimento tanto à família do bebê machucado, quanto a da criança que teria provocado os ferimentos. Foram dados os “encaminhamentos necessários, visando assegurar a proteção, integridade e preservação das crianças envolvidas”, diz a nota.

Em relação aos relatos da mãe envolvendo a professora, a SME informa que está em contato com a entidade que gerencia a creche para apurar o caso e tomar as providências. Informou ainda que, em 30 anos de atuação da creche na comunidade, esta é a primeira ocorrência nesse sentido.

A SME está em articulação com o Conselho Tutelar e a equipe da Célula de Mediação Social e Cultura da Paz da SME já está atuando no caso.

Por Cinthia Freitas/G1 CE

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