O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta sexta-feira (15) denunciou sete pessoas à Justiça, por suposta ligação no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Dessa vez, o alvo principal é um ex-gerente da estatal, acusado de receber propina para ajudar empreiteiras em obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
O grupo foi denunciado pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A investigação encontrou indícios de fraude em obras que custaram R$ 1,8 bilhão aos cofres da Petrobras. Segundo a denúncia, estima-se que o ex-gerente da Petrobras, Simão Tuma, recebeu cerca de R$ 18 milhões, ou seja, 1% do contrato.
A denúncia aponta que Tuma atuou para ajudar as construtoras Odebrecht, UTC e Mendes Júnior, que atuaram em um consórcio responsável pelas obras do Comperj.
De acordo com o MPF, as propinas foram pagas com a ajuda do advogado Rodrigo Tacla Duran, que atuava como operador financeiro para a Odebrecht. Ele teria feito vários depósitos para Tuma, a mando do consórcio.
Além de Tuma e Tacla Duran, a denúncia abrange executivos ligados ao consórcio que liderou as obras do Comperj.
Agora, caberá ao juiz federal Sérgio Moro definir se recebe ou não a denúncia. Caso ela seja aceita, os denunciados passam a se tornar réus na ação penal.
G1