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‘Não a mataram simplesmente, a destruíram e a lincharam’, diz parente de jovem que teve parte do corpo queimado em Fortaleza

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Jovem é foi apedrejada, queimada e morta por seis pessoas em um campo de futebol

Jovem é foi apedrejada, queimada e morta por seis pessoas em um campo de futebol

Um familiar da jovem encontrada morta parcialmente queimada, com marcas de tiros e de pedradas, em um campo de futebol no Bairro Granja Portugal, em Fortaleza, disse, neste sábado (25), que Jamile Carlos Oliveira foi “destruída” e “linchada”. Jamile não tinha antecedentes criminais, segundo a Secretaria da Segurança, e, conforme a família, tinha transtorno mental. O parente, que foi reconhecer o corpo na Perícia Forense, espera Justiça e lamenta a morte cruel da garota.

Local onde o corpo da jovem foi encontrado pela Polícia no Bairro Granja Portugal. — Foto: Hallison Ferreira/Sistema Verdes Mares

Local onde o corpo da jovem foi encontrado pela Polícia no Bairro Granja Portugal. — Foto: Hallison Ferreira/Sistema Verdes Mares

“Pelo estado que eu vi ali nas fotos o corpo dela ali é um estado de muita crueldade. São umas pessoas que fizeram umas coisas dessas não tem coração. Completamente desumano. Não sabemos porque fizeram isso. Esperamos que a Justiça seja feita. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém do jeito que ela foi tirada. Eles não a mataram simplesmente, a destruíram e a lincharam”, afirmou o parente que prefere não ser identificado.

O familiar também afirmou que na última segunda-feira (20) a jovem havia deixado uma clínica onde se tratava de esquizofrenia. Disse ainda que Jamile “não parava em casa”

“Ela estava internada numa clínica e ecebeu alta na segunda-feira. Então, ela estava muito quieta por conta dos medicamentos que ela tomava. O problema era que ela não parava em casa. Ela surtava e saía de casa, saía andando. Então ela saiu por volta das três horas da tarde de ontem [dia 24]e a gente começou a procurar. A gente ligava para ela e não atendia ela tinha um celular e inclusive esse celular sumiu. Ela era diagnosticada. Ela recebia um auxílio. a gente tem o laudo do médico ela era doente mental”.

O velório de Jamile será em uma residência no Bairro Granja Portugal. O endereço não foi divulgado pela família. O sepultamento ocorre em um cemitério no Bairro Pajuçara em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Polícia Militar atendeu a ocorrência e encontrou o corpo próximos a pedras  — Foto: Rafaela Duarte/ SVM

Polícia Militar atendeu a ocorrência e encontrou o corpo próximos a pedras — Foto: Rafaela Duarte/ SVM

Ferimentos pelo corpo

De acordo com a polícia, Jamile apresentava ferimentos por tiros na região da cabeça, do tórax e da barriga. Além disso, várias pedras foram encontradas próximas ao corpo, parcialmente queimado.

Testemunhas afirmam que mais de seis pessoas participaram da ação. Os criminosos fugiram. A vítima não era moradora do bairro.

A Secretaria da Segurança informou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) realizaram os primeiros levantamentos deste caso. A Polícia Civil realiza buscas para identificar e capturar os suspeitos envolvidos no crime, de acordo com a Secretaria.

G1 CE

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