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No alvo da Lava Jato, Aécio abre caminho para Doria no PSDB em 2018

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A desenvoltura do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), no tema da candidatura à Presidência da República a mais de um ano e meio das eleições tem irritado alguns tucanos. O mais atingido é o governador Geraldo Alckmin, até meses atrás potencial nome do PSDB para concorrer ao cargo e hoje visto como padrinho político do “outsider” João Doria.

De acordo com a coluna de Lauro Jardim neste domingo (2), Alckmin, habitualmente sereno em comentários sobre política, tem dado sinais de falta de paciência ao comentar o desembaraço recente de Doria, que, em outros tempos, costumava apontar o governador como candidato natural ao Planalto.

O noticiário também sinaliza o caminho aberto para o prefeito paulistano. Doria, que já foi considerado o plano B da candidatura de Aécio Neves no PSDB, vê seu concorrente dentro do partido ser minado pelas denúncias da Lava Jato. Tucanos viram com muito pessimismo a capa da revista Veja deste fim de semana, com denúncias de recebimento de propina contra o senador mineiro.

Na oposição, na medida em que o Partido dos Trabalhadores reforça uma possível candidatura do ex-presidente Lula em 2018, mais o PSDB vê Doria como candidato mais adequado para tentar vencer Lula, embora o petista lidere com folga todas as pesquisas de opinião no nível nacional.

Sondagem recente do Instituto Paraná Pesquisas, realizada apenas no estado de São Paulo, que corresponde a 22% de todo o eleitorado do Brasil, mostra que Doria aparece à frente de Alckmin, de José Serra e de Aécio Neves, quando o entrevistado é questionado sobre o melhor candidato do PSDB para concorrer à Presidência da República. Doria tem a preferência de 32,5% dos paulistas, contra 23,6% de Alckmin, 10,4% de Serra e 7,1% de Aécio.

Recente comentário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que a candidatura de Doria era “prematura” e que “credibilidade não é igual a popularidade” teve a seguinte resposta do prefeito de São Paulo: “Respeito muito o ex-presidente, mas eu só lembro que ele previu que eu não seria eleito nas prévias para ser candidato pelo PSDB. Apoiou outro candidato, o que não muda minha admiração. Ele mesmo já confessou que, quando comecei campanha para prefeito de São Paulo, acreditava que eu não seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele errou”.

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JB

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