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Pacientes que recebem alta precisam aprender a evitar quedas

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Apesar de o risco que um tombo representa para os mais velhos ser de conhecimento geral, pouco se sabia sobre a relação entre as quedas e readmissões em hospitais. Um estudodivulgado pela Universidade de Michigan jogou luz na questão, mostrando que, entre idosos acima dos 65 anos que receberam alta de um hospital, ferimentos e fraturas resultantes de quedas eram a terceira causa mais comum para voltarem a ser internados.

Para Geoffrey Hoffman, professor da escola de enfermagem da universidade, esse achado aponta para a importância de os pacientes que terão alta receberem treinamento personalizado a fim de recuperar a mobilidade e minimizar os riscos de cair. “As quedas são altamente prevalentes e causam muitos danos, inclusive mortes que poderiam ser evitadas. No entanto, como prevenir parece estar fora do planejamento dos hospitais e isso tem que mudar”, afirmou.

Entre idosos acima dos 65 anos que receberam alta de um hospital, problemas resultantes de quedas eram a terceira causa mais comum para voltarem a ser internados — Foto: Wikimedia CommonsEntre idosos acima dos 65 anos que receberam alta de um hospital, problemas resultantes de quedas eram a terceira causa mais comum para voltarem a ser internados — Foto: Wikimedia Commons

Entre idosos acima dos 65 anos que receberam alta de um hospital, problemas resultantes de quedas eram a terceira causa mais comum para voltarem a ser internados — Foto: Wikimedia Commons

Os pesquisadores examinaram 8.3 milhões de readmissões hospitalares nos Estados Unidos e mapearam os motivos no público de um modo geral e dentro de dois grupos de risco: os pacientes com algum tipo de prejuízo cognitivo e aqueles cuja hospitalização tinha sido ocasionada por uma queda. Para as pessoas com dificuldades cognitivas, cair era a segunda causa de readmissão; para os indivíduos que já tinham sido internados por causa de um tombo, era a causa número um!

A percepção de que o perigo era maior ficava claro para os cuidadores. No entanto, sem treinamento adequado, a maioria acabava restringindo a mobilidade dos pacientes logo após a alta, o que não é recomendável. “Depois de receber alta, o paciente deve encorajado a se movimentar, desde que sejam observadas todas as regras de segurança”, explicou o professor Hoffman”. “Limitar a movimentação desse paciente pode ser danoso e inclusive aumentar o risco de quedas”, acrescentou. O ambiente doméstico também pode receber adaptações que tornem o espaço mais seguro, como esse blog mostrou em colunas anteriores.

Por Mariza Tavares

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