O ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci, articula delação premiada na Lava Jato que promete atingir em cheio o Ceará. Ele garante que o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o cearense Cesar Asfor Rocha recebeu R$ 5 milhões em propina da construtora Camargo Corrêa. O magistrado teria recebido o dinheiro para barrar a operação Castelo de Areia, da Polícia Federal — o que realmente aconteceu.
A investigação, que trouxe à tona uma rede de pagamentos envolvendo diretores da empreiteira paulista e operadores suspeitos de fazer repasses a políticos dentro e fora do Brasil, foi interrompida por uma medida liminar concedida por Asfor, então presidente do STJ, em janeiro de 2010.
Em matéria à Folha de S. Paulo, Cesar diz que “se Antonio Palocci efetivamente produziu essa infâmia, eu o processarei e/ou a quem quer que a tenha difundido. A afirmação é uma mentira deslavada que só pode ser feita por bandido, safado e ladrão”.
Assim como Palocci afirma ter provas que o ditador líbio Kadafi repassou um milhão de dólares para Lula em 2002, também garante ter documentos que compravam o repasse de R$ 5 milhões em propina da Camargo Corrêa para Cesar Asfor.
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