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Pera do nordeste à venda no R. G. do Sul

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Com tecnologia, tudo é possível na agricultura, independentemente da qualidade da terra. Graças à Embrapa, foi colhida e ontem transportada para o mercado consumidor do Rio Grande do Sul a primeira grande partida de peras colhida no Polo de Fruticultura de Petrolina (PE) – em pleno semiárido nordestino. Até agora, a pera era uma fruta de clima temperado, cultivada em áreas de clima frio, como o da geografia gaúcha. Era! Não é mais. A pera – graças à mais alta tecnologia da Embrapa Semiárido, desenvolvida no Nordeste – no Ceará, também – pelo seu pesquisador doutor Paulo Roberto Coelho Lopes, já é cultivada sob clima tropical, contrariando as mais antigas crenças. Seu trabalho, iniciado há 10 anos, celebra hoje o êxito, que era só dúvida quando ele foi iniciado há 10 anos, apoiado por recursos liberados pelo BNB-Etene-Fundeci, na época gerenciado pelo agrônomo cearense José Maria Marques de Carvalho, que acreditou no projeto. Não só pera o semiárido pode produzir, mas também maçã e caqui, o que já acontece em áreas irrigadas no mesmo Polo de Petrolina. No Ceará, na serra da Ibiapaba e na Chapada do Apodi, as pesquisas do doutor Paulo Roberto já registram resultados positivos no cultivo do cacau – este colunista já comeu chocolate produzido do cacau cearense, e gostou. Se a política e a ideologia socialista não atrapalharem, a produção de frutas temperadas no Nordeste crescerá no curto prazo.

Privatização

Funcionários do Serpro e da Dataprev levantam-se contra a decisão do Governo Bolsonaro de incluir os dois organismos no programa de privatização. Eles apresentam vários argumentos contrários à ideia, entre os quais estes: será um risco à soberania nacional; os dados dos brasileiros poderão ser vendidos ao estrangeiro; 67% dos brasileiros são contra as privatizações; em alguns países, os setores foram reestatizados; os EUA têm uma estatal de Tecnologia da Informação. É o justo e natural discurso das corporações. Há o outro lado: quando as empresas estatais de telecomunicações – a Teleceará no meio – foram privatizadas, houve protesto, passeata, tudo. Hoje, o servente da construção civil, o dono da construtora, gari e o trocador do ônibus têm celular.

Tramoia

Quiseram intrigar Bolsonaro e Moro com o objetivo de derrubar o presidente. Deram-se mal. Haverá outras tentativas.

Informa o Sinduscon Ceará: o terceiro trimestre de 2019 (jul-ago-set) revelou o melhor desempenho do setor desde 2014. O crescimento foi de 4,3% – o nacional foi de 4,4%. Para este ano, espera o Sinduscon-Ceará que haja um incremento de 3%. “Há otimismo entre nós”, diz um feliz André Montenegro, que o presidirá até 3 de fevereiro.

Aumento no preço do pão à vista! A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) projeta alta de até 15% no preço da farinha nas “próximas semanas”. O ajuste, segundo a associação, se deve ao incremento de 25% nas cotações do trigo nos últimos 60 dias. O Brasil importa 50% da produção.

Diário do Nordeste/Egídio Serpa

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