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PF faz operação contra esquema internacional de lavagem no DF e 11 estados

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Somente em uma das operações de compra e venda identificadas pela PF o negócio chegou a R$ 65 milhões. Há dois mandados de prisão temporária, 46 de condução coercitiva, além de buscas e apreensões

postado em 26/04/2017 08:04

Jacqueline Saraiva

Uma quadrilha de lavagem de dinheiro internacional é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (26/4) no Distrito Federal e em 11 estados. A Operação Perfídia, também investiga os crimes de blindagem patrimonial e evasão de divisas com ramificações em ao menos cinco países. Cerca de 200 policiais estão nas ruas para cumprir 103 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal. Do total, são duas ordens de prisão temporária, 46 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à força para prestar depoimento, e 55 de busca e apreensão.

As ações da Operação Perfídia, nome que faz referência à traição e deslealdade de criminosos com o país, ocorrem no Distrito Federal, mas também há diligências na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
As investigações foram iniciadas após uma prisão em flagrante ocorrida em agosto de 2016, na imigração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Há indícios de que os integrantes da quadrilha realizavam operações de câmbio ilegais. O grupo também dissimulava a aquisição de imóveis de alto valor e promovia a evasão de divisas. “Para isso, eles se utilizavam de “laranjas” e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil”, diz nota da PF.

Fraudes

O núcleo do grupo, segundo a PF, era formado por proprietários de postos de gasolina, agências de turismo, lotéricas, entre outros estabelecimentos.  Os integrantes também eram responsáveis pela aquisição fraudulenta de imóveis e ativos para fins de lavagem de dinheiro. Somente em uma das operações de compra e venda identificadas pela PF o negócio chegou a R$ 65 milhões.
Advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e até de um servidor da Polícia Federal também são apontados como apoiadores das ações criminosas.
Segundo a Polícia Federal, documentos encontrados em endereços ligados a um dos integrantes do núcleo do grupo, em ação realizada em 2016, apontam para uma empresa do tipo offshore controlada pela organização no exterior que pode ter realizado movimentações que excedem US$ 5 bilhões.
Correio Brasiliense
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