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Presos por tentar fraudar concurso usavam roupas com muitos botões para disfarçar celulares escondidos, no Ceará

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A estratégia era usada como justificativa, caso o detector de metais disparasse na entrada da sala de prova. Os três homens foram detidos no domingo (28), em Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza.


Suspeitos de tentar fraudar concurso da Guarda Municipal escondiam celulares na cueca.

Suspeitos de tentar fraudar concurso da Guarda Municipal escondiam celulares na cueca.

Os três homens presos em flagrante no domingo (28) por suspeita de tentar fraudar o concurso da Guarda Municipal da cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza, utilizavam celulares escondidos nas roupas íntimas para receber o gabarito das provas, segundo informações da Polícia Civil do Ceará (PC-CE). Para disfarçar que estavam com os aparelhos, eles usavam roupas com muitos botões, para justificar caso o detector de metais identificasse os celulares.

Os detidos foram identificados como Erick de Paula Alves, de 24 anos; Irlandio José Bernardino Vidal, de 38 anos; e José Cláudio de Meneses Sousa, de 40 anos. Eles foram presos durante a realização das provas. Com o grupo, os agentes apreenderam os aparelhos celulares, papéis com anotações de gabaritos, canetas e borrachas mágicas, dinheiro e veículos.

Segundo informações da polícia, os suspeitos utilizavam propositalmente roupas com muitos botões. Desse modo, caso os fiscalizadores usassem detectores de metal e o aparelho disparasse, os três poderiam alegar que a máquina disparou por conta dos botões.

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Suspeitos de fraudar provas de concurso usavam roupas com muitos botões para justificar, caso detector de metais fosse acionado, no Ceará. — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Suspeitos de fraudar provas de concurso usavam roupas com muitos botões para justificar, caso detector de metais fosse acionado, no Ceará. — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Conforme a Polícia Civil, o suspeito Erick de Paula seria o chefe do esquema de fraude de provas. Antes do concurso, ele pedia um pagamento de R$ 1 mil para cada interessados em ter o gabarito. Dois destes compradores foram os outros detidos na operação da polícia, Irlandio Vidal e José Cláudio Sousa.

O concurso que o grupo tentou fraudar oferece 48 vagas imediatas, além de 100 para cadastro reserva, com salário de R$ 1.500 para a carga horária de 40 horas semanais. O certame teve concorrência de 238,46 candidatos por vaga.

A ação que levou à captura dos suspeitos faz parte da operação “Quebrando a Banca”, realizada por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE), com apoio da Guarda Municipal de Pacajus.

Segundo o diretor do DPJE, Leonardo Barreto, a polícia já tinha conhecimento prévio do esquema, e no domingo foi direto aos locais de prova dos suspeitos.

Após a prisão, os três foram encaminhados para a Draco, onde foram autuados em flagrante pelos crimes de fraude de certame público e associação criminosa.

Ainda conforme Barreto, há indícios de que o grupo criminoso que tentou fraudar o certame pode ser mais numeroso e pode ter atuado em outros concursos. Assim, as investigações continuam para identificar outros indivíduos que possam estar envolvidos no esquema.

g1 ce

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