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Programa Aprendiz CSP: há 5 anos preparando novos profissionais locais para a siderurgia em parceria com o SENAI-CE

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O trabalho com Aprendiz PCD (Pessoa com Deficiência) já rendeu premiação pública à siderúrgica como empresa que se destaca na inclusão no Ceará. Esse é o primeiro de dois conteúdos com histórias de sucesso e expectativas de futuro sobre a formação de jovens locais para o mercado de trabalho

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) celebra 5 anos da formação da sua primeira turma de Aprendizes e Aprendizes PCDs (Pessoa com Deficiência). Foram muitas horas dedicadas a treinamentos e serviços realizados que somaram grandes resultados: mais de 580 jovens participantes, sendo 74% residentes de São Gonçalo do Amarante e Caucaia. E, dentre os 379 aprendizes já formados, 213 aprendizes já foram contratados (56,2%) pela CSP. Cada empregado que acolheu esses aprendizes e os ajudou nessa jornada também é responsável por essa comemoração.

O objetivo do programa é desenvolver profissionais para oportunidades futuras na siderúrgica ou em outras empresas da região. As aulas teóricas e de prática profissional, ao longo de sete meses, impulsionam esses jovens a saírem do ensino médio em direção a uma carreira profissional. O programa conta, desde o começo, com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará (SENAI-CE).

A vida transformada

A vida do Wesley Cunha era bem corrida. Ele mora em Caucaia. Trabalhava de manhã, fazia capacitações do Senac à tarde e tinha aulas do curso técnico em Mecânica Industrial aos finais de semana. Ele estava focado. “Sempre tive muito interesse em trabalhar na CSP. Eu já tinha me cadastrado em algumas vagas. Desde cedo, eu almejei estar em uma grande indústria”, contou. Por esse sonho, ele sempre buscou se profissionalizar.

Wesley lembra bem quando, no final de 2016, a CSP abriu o processo seletivo pra Jovem Aprendiz. “Logo no primeiro dia, já preenchi a minha ficha no site e fiquei aguardando”. O processo seletivo começou e, a cada etapa, ele se sentiu mais próximo de alcançar o que sempre quis.

Foto de Wesley Cunha

“A concorrência foi muita alta e foram várias etapas”. Ele avançou e, quando estava próximo do resultado final, recebeu uma ligação. Era de outra empresa com uma proposta de cargo efetivo. Ele avaliou, agradeceu o convite e optou em insistir na conquista da vaga de Jovem Aprendiz da CSP. “Decidi que eu iria correr atrás daquilo que eu já almejava há muito tempo, que era trabalhar na CSP. Pra minha sorte, alguns dias depois, me ligaram informando que eu tinha passado em todas as etapas e, assim, eu comecei a trabalhar na CSP”, disse Wesley.

Percorridos cinco anos dessa caminhada, e hoje com 27 anos, ele alcançou o cargo de Técnico em Programação 2 de Manutenção. Está formado em Administração, e tem pós-graduação em Gerenciamento de Manutenção. “Ser CSP, com certeza, me trouxe muitas melhorias, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente. Hoje, eu trabalho em uma empresa onde eu sempre quis trabalhar. Trabalho fazendo o que eu gosto, em um setor onde o ambiente organizacional é muito bom. Eu me sinto praticamente em casa. Pra mim, a CSP, hoje, é uma segunda casa. Todos os dias eu aprendo uma coisa nova. Todo dia é um novo desafio que a gente vai conseguindo superar. Isso contribui muito pro nosso desenvolvimento”, avaliou.

Para quem está chegando e também tem o mesmo sonho que ele teve, a dica é insistir. “Se dedique bastante naquilo que você está proposto a fazer. Sempre busque aprender ao máximo com os mais experientes. Aprenda a ouvir esses profissionais. Outra coisa também é aprender a ter filtro para as coisas negativas. Absorva somente o que for positivo, e que vá contribuir com o seu desenvolvimento pessoal e profissional. E o mais importante: tenha compromisso com a segurança. Pode ter certeza de que, com dedicação, conhecimento e segurança você terá uma oportunidade de trilhar uma carreira brilhante na CSP”, assegurou.

Irmão mais velho

O Mateus Souza viu a CSP nascer. Ele mora em São Gonçalo do Amarante e trabalhou na CSP na época da obra, por meio de uma empresa contratada. “Fiz parte do erguimento da CSP. E quando a gente via os primeiros que entraram, há sete anos, a gente tinha esse desejo de participar também. Quem esteve no começo de tudo, quando não tinha nada, tinha essa vontade”, relembra Mateus, que é morador do Siupé e hoje é efetivo da CSP, na função de operador de produção IV, na Distribuição de Utilidades.

Foto de Mateus Souza

Além de ter ajudado a construir a CSP, ele também fez parte da formação da primeira turma de Jovem Aprendiz da empresa. “Hoje me sinto como um irmão mais velho de todos”, relata. A experiência vivida o ajuda a apoiar os novos aprendizes e, até hoje, tem sido importante para a boa realização de suas tarefas. “No curso, a gente aprendeu muitas coisas, e um pouco de cada área. Isso me ajuda até hoje no meu trabalho, porque a área de Utilidades engloba todas as outras. Tudo contribuiu para a minha evolução. Hoje, estou na função de operador 4, depois de muita dedicação, aprendizado e amadurecimento. Foi uma trajetória bem corrida e esforçada. Pra pessoa aprender, basta querer. Por isso, sempre fui dedicado e, hoje, eu estou aqui no meu posto de trabalho e a gente está crescendo cada dia mais”, compartilhou.

A vida de Mateus mudou com a contratação pela CSP. Hoje, aos 26 anos, ele faz o curso técnico em Automação e vê a evolução na carreira. “A minha melhoria profissional, com certeza, elevou bastante de patamar. E a pessoal também. A gente vai conquistando os objetivos, trazendo melhorias pra casa e pra família”, celebra. Depois de toda essa trajetória, ele resume que a maior lição foi a importância da vontade própria. “Sem isso, por mais que você faça algo, em alguma hora você vai sair, não vai se sentir bem. Se você tiver a vontade, já tem meio caminho andado. Você precisa ser persistente, insistente e paciente. Tendo dedicação e colocando o amor nas coisas, fica mais fácil e você vai conseguir”, aconselhou.

Conhecimento e alegrias compartilhadas

Dê a oportunidade a si mesmo! Essa é a mensagem-chave do Jonatha Ferreira, de 30 anos, que mora em Maracanaú e está há 7 anos na CSP. No início de sua jornada na empresa, ele também foi Jovem Aprendiz PCD. “A expectativa que a gente tinha era a de ser efetivado”, relembra. Quando ele recebeu a oferta de uma vaga no setor de Comunicação da siderúrgica, ele abraçou a oportunidade. “O meu sorriso veio de ponta a ponta. Eu queria muito conhecer a área, ver como era a comunicação corporativa. Eu tinha curiosidade de saber se eu iria me adequar e ter o real interesse. Quando eu cheguei, senti que me achei. Até hoje, estamos aqui”, relata.

Foto de Jonatha Ferreira

A sua busca por conhecimento foi permanente. “Assim que eu fui efetivado, entrei na faculdade e fui mesclando o aprendizado do curso com o da prática. Isso foi muito útil pra mim. Além disso, não sei se foi sorte minha, mas a equipe que me acolheu, até hoje, me ensina muita coisa. E eu até já tive a oportunidade de ensinar”, contou.

Uma nova realidade foi sendo desenhada. A vontade de aprender, a curiosidade de compreender o mundo a sua volta e a disposição em exercer novas funções trouxe realização profissional e pessoal para o Jonatha. “Não sou a mesma pessoa de quando entrei. Tenho muito mais conhecimentos e me sinto muito mais comprometido com as coisas a que me proponho. Era tudo muito novo. E essa experiência gerou um grande amadurecimento”, disse.

Hoje, aos 30 anos, ele está formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, e planeja se especializar mais. Na empresa, ele cuida, com a equipe de Comunicação, do Programa de Visitas e exerce funções na gestão orçamentária, de contratos e de comunicação visual. “Se você tem um conhecimento, ele deve ser compartilhado. Isso é unânime aqui no setor de Comunicação da CSP”, contou.

A evolução na carreira não deve e nem precisa parar. E os avanços ficam naturais quando você aplica alguns esforços. Um deles é o da curiosidade. “Queira saber como é o processo, porque é daquele jeito, porque um membro da equipe é responsável por aquilo e porque você está sendo encarregado daquela função. Essa curiosidade faz com que você aprenda o processo em si e perceba as melhorias que você pode implementar. Essa é uma proatividade de primeira mão. Ter uma ideia e compartilhar. Isso pode te levar até mesmo para outros setores e ampliar a carreira”, aconselhou Jonatha.

Outra dica é “valorize o conhecimento e as amizades feitas durante todo o programa. É um networking para o trabalho e para a vida!”.

CSPECEM

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