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Segunda onda de covid não deve afetar maioria dos países

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Diante de novas notícias da imprensa alarmista sobre uma suposta segunda onda da covid-19 na Europa, os brasileiros do Instituto Estáter decidiram pesquisar o que, de fato, estava em curso. Após analisar os dados da curva de óbitos na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, veio a certeza: não, não existe uma segunda onda de infecções. Nem lá, nem no Brasil, nem nos Estados Unidos.

Resumidamente, o que os pesquisadores descobriram foi que a covid-19 está chegando a regiões onde antes ela ainda não havia se espraiado com tanta força.

No Brasil, por exemplo, é o caso de Estados como Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que, no início da pandemia, não foram tão afetados e, recentemente, viram crescer o número de infectados — ainda que já estejam conseguindo controlá-lo.

Na França, em uma única semana, foi realizado 1 milhão de testes, número igual ao de 32 semanas de pandemia. Com isso, descobriram-se casos que, até então, com menos testagem, passariam despercebidos, como os mais leves ou assintomáticos.

Mesmo com mais testagens, os hospitais desses países continuaram com níveis de uso de suas enfermarias e UTIs para covid-19 dentro da normalidade e bem abaixo do pico da pandemia, em março e abril.

Isso aconteceu também porque houve uma curva de aprendizado dos médicos em lidar com a doença, segundo a pesquisa. Com isso, muitas das mortes e agravamentos que antes aconteciam agora podem ser evitados.

De toda forma, o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Júlio Croda adverte que os grupos de risco, principalmente os idosos, ainda precisam tomar cuidado com o vírus chinês. “O pior da pandemia, terrível em muitos locais, já passou”, afirma. “Mas o que vem pela frente é ainda muito significativo.”

Para Ésper Kallás, infectologista e professor da Universidade de São Paulo (USP), a covid-19 é uma doença de onda única.

O presidente do Instituto Estáter, Pércio de Souza, diz que já há espaço para a reabertura segura das escolas.

“As escolas fechadas têm consequências graves para as classes vulneráveis: submetem as crianças à violência doméstica, pioram a desnutrição e incentivam a marginalização dos adolescentes desocupados, além de ampliar o já enorme abismo social”, conclui Souza. “Conscientizar a população, preparar a infraestrutura e o ambiente escolar e trazer os alunos de volta às aulas são medidas necessárias e urgentes.”

/Revista Oeste

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