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Tudo pronto pata o início das operações do hub das companhias aéreas Gol e Air France/KLM no Aeroporto Internacional Pinto Martins em Fortaleza

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Faltam pouco menos de três semanas para começarem as operações do hub das companhias aéreas Gol e Air France/KLM no Aeroporto Internacional Pinto Martins, ou Fortaleza Airport, momento que marca o início da ampliação da oferta de voos nacionais e internacionais na Capital. Para tirar o melhor proveito e proporcionar uma experiência agradável aos visitantes, o poder público e a iniciativa privada devem tomar providências.

De acordo com Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Estado, espera-se um incremento de 20% no volume de turistas estrangeiros no Ceará em 2018 e de 50% em 2019, ambos em relação ao ano passado, de forma que se deve chegar ao patamar de 330 mil visitantes de fora do País neste ano e de mais de 400 mil no próximo. Em 2017, segundo dados da Polícia Federal, a maior parte dos estrangeiros eram de Portugal (15,4%), França (14,2%) e Itália (13,7%).

A perspectiva reflete não só o início dos voos à Paris, pela Joon (marca da Air France), e à Amsterdã, pela KLM, a partir de 3 de maio, mas também dos novos voos e frequências de operações internacionais existentes que já foram confirmados para este ano. Entre os novos destinos estão Cidade do Panamá, pela Copa Airlines; Orlando, nos EUA, pela Gol e pela Latam; e a substituição de Praia pela Ilha do Sal, em Cabo Verde, com a TACV.

Ao todo, já são 12 destinos internacionais conectados a Fortaleza em 36 frequências semanais confirmadas neste ano. Há, pelo menos, ainda mais três rotas no radar: Marrocos, com a Royal Air Maroc (RAM), Rosário e Córdoba, ambas na Argentina, pela Gol. O secretário Arialdo Pinho também já afirmou estar pleiteando a operação de novas rotas, para as cidades de Nova York (EUA) e Londres (Inglaterra), a médio prazo.

Novo momento

Na avaliação de Alessandro Oliveira, pesquisador do Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (Nectar-ITA), a implantação do hub em Fortaleza é como um momento de “coroação” da cidade como importante centro de conexões aéreas da América do Sul. “Não é uma coisa que acontece todo dia. Há efeitos para os próximos 10, 20, 30 anos em diversos segmentos”.

Destacando a operação do Aeroporto pela Fraport, empresa experiente no setor para dar seguimento aos investimentos necessários no terminal, além da presença de grandes linhas aéreas e do espectro de turismo que envolve a cidade e toda a região, Oliveira avalia que “muitas coisas bacanas ainda estão para acontecer”. “Há um grande potencial para novas alavancagens”, ressalta o pesquisador.

No entanto, cabe também ao poder público e à iniciativa privada oferecer meios para que os visitantes tenham uma boa experiência no Estado, contribuindo para aumentar sua atratividade. “A cidade precisa abraçar o aeroporto, as autoridades precisam eliminar gargalos como do sistema viário, de maneira que haja uma fluidez, investir no transporte público, garantir a eficiência do transporte privado, entre outros”, pondera.

Para Oliveira, todos os agentes da cadeia de turismo precisam de reconectar e se preparar para um novo ciclo de crescimento do turismo que vem no bojo do crescimento econômico do País, nos próximos cinco a dez anos. “Estamos batendo recorde de atração de turistas estrangeiros, então a gente precisa saber atraí-los e ao mesmo tempo o ter qualidade internacional, porque atração muitas vezes vem pelo desconhecido”, argumenta.

Expectativas

De acordo com Jean-Marc Pouchol, diretor-geral do grupo Air France-KLM para a América do Sul, o hub em Fortaleza já apresenta resultado positivos e deixa o grupo otimista para os próximos anos. “Esta rota é uma porta de entrada não só entre a Capital cearense com Paris e Amsterdã, mas também entre estados importantes do País e mais de 400 destinos no mundo. A instalação do hub é um passo decisivo para nos aproximarmos do nosso objetivo – em conjunto com a Gol – que é o de nos tornarmos a primeira opção para viajar entre o Brasil e a Europa, tanto para o lazer como para o corporativo”.

Diário do Nordeste/SGA Noticias

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