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Turismo religioso atrai cinco milhões de pessoas anualmente na Bahia e movimenta economia

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O turismo religioso é uma das principais apostas do setor na Bahia, que atrai cerca de 5 milhões de pessoas entre as cidades do estado anualmente. A tendência deve aumentar após a canonização de irmã Dulce, primeira santa brasileira nascida no estado.

Só na semana em que o Papa Francisco anunciou o segundo milagre da freira, no mês de maio, o número de visitantes do santuário dedicado a ela aumentou em 200%: foram mais de mil e duzentas pessoas em 7 dias.

Com o aumento no fluxo de turistas, o santuário precisou contratar pessoas para auxiliar na movimentação do local, o que gera crescimento na economia.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia tem missa em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes — Foto: Juliana Almirante/G1Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia tem missa em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes — Foto: Juliana Almirante/G1

Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia tem missa em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes — Foto: Juliana Almirante/G1

Salvador já tem dois grandes roteiros religiosos: o do Pelourinho – que sai do Museu da Misericórdia e percorre os principais templos do Centro Histórico; e o da Cidade Baixa – na Igreja da Conceição da Praia, onde o fluxo de turistas estrangeiros tem aumentado a cada ano.

Com a canonização de Irmã Dulce, a capital baiana ganha um terceiro local de peregrinação. O projeto de revitalização da Avenida Dendezeiros do Bonfim vai transformar a via em uma “passarela da fé”, para ligar o santuário, que fica no Largo dos Mares à Basílica Santuário Senhor do Bonfim, na Colina Sagrada.

No Subúrbio Ferroviário, o bairro de Coutos também abriga outro espaço destinado ao turismo religioso, o Mosteiro do Salvador. Lá, 16 monjas hospedam os peregrinos e recebem pessoas de todas as religiões, em grupo ou não, para fazer retiro.

Multidão acompanhou procissão de 8 km até chegar à Igreja do Bonfim, em Salvador — Foto: Joilson César/Ag. HaackMultidão acompanhou procissão de 8 km até chegar à Igreja do Bonfim, em Salvador — Foto: Joilson César/Ag. Haack

Multidão acompanhou procissão de 8 km até chegar à Igreja do Bonfim, em Salvador — Foto: Joilson César/Ag. Haack

Turismo de peregrinação

Muitos centros de peregrinação nascem de locais que já têm alguma relação com a religião, como uma igreja famosa – a exemplo da Ordem Terceira do Carmo. No entanto, outros são construídos especialmente para peregrinos. Um desses lugares é a Cidade Santa, que fica em Dias D’Ávila, na região metropolitana de Salvador.

Do alto, o tamanho do local impressiona: 1 milhão de m², que inclui até um lago. O santuário, com capacidade para sete mil pessoas, deve ficar pronto ainda este ano. A concepção foi ideia do Padre Paulo Avelino, que diz ter recebido um chamado divino para buscar doações e construir o local.

A previsão é de que o espaço tenha dez capelas, restaurantes, pousadas, lojas e áreas de retiro espiritual.

Outro grande polo de peregrinação da Bahia está a 780 quilômetros de Salvador, em Bom Jesus da Lapa, no oeste do estado. Com pouco mais de 68 mil habitantes, Bom Jesus é conhecida como a capital baiana da fé.

Por lá, mais de 2 milhões de pessoas visitam a cidade todos os anos, segundo a prefeitura. As caravanas chegam de toda parte e durante todo o ano, no entanto, as duas grandes romarias acontecem em agosto e setembro.

O movimento de turistas aquece a economia da cidade. Com isso, a prefeitura estima que o santuário gere cerca três mil empregos diretos e indiretos.

G1

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