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Um novo momento já começou/Porto Pecém

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Com 14 empresas já operando e 10 em implantação, entre elas a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), o complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) é hoje a principal aposta para alavancar o desenvolvimento do Estado, que já vive a expectativa positiva de acelerar, a partir de 2016, o processo de atração de investimentos e captação de indústrias para a região. Isso porque, com a entrada em operação da CSP, prevista para o próximo ano, mais fornecedores da cadeia produtiva serão requisitados, estimulando os negócios no Estado.

De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Ferruccio Feitosa, o Estado já está em um novo momento, com o crescimento do número de investidores interessados na região do Cipp. “A CSP é um grande vetor do desenvolvimento. Uma âncora importante. Sozinha, ela já é um equipamento de atração de grandes investimentos. Ela é capaz de trazer oportunidades extraordinárias. Já começou um novo momento. Após a operação da CSP, a tendência é acelerar (a captação de indústrias)”, afirma.

Ele explica que, além da demanda espontânea, o governo estadual também tem feito esforços para buscar empresas ligadas à cadeia produtiva da  siderurgia e que possam agregar ainda mais valor à economia do Estado.

“Há uma procura espontânea de investidores que conhecem o Cipp, a área privilegiada que foi demarcada pelo governo. Além disso, nós, por conta de termos uma empresa de grande porte em fase de conclusão, a CSP, tomamos conhecimento de empresas da cadeia produtiva para fazermos contato para que elas se instalem lá. Nós já nos reunimos com investidores e temos várias negociações avançadas e bem encaminhadas. Temos tido um momento bem animador”, destaca.

Entre as novas empresas que já demonstraram interesse em se instalar em breve na região, está a cimenteira Mizu, que faz parte do Grupo Polimix. “É uma grande empresa, que vai ocupar cerca de 34 hectares, com um investimento de R$ 140 milhões. A previsão é que sejam gerados entre 400 e 800 empregos diretos na instalação. Em operação, a expectativa é de proporcionar 120 vagas de trabalho diretas e 600 indiretas. Inicialmente, a empresa terá capacidade para produzir 900 mil toneladas por ano.

Quando esteve no Ceará para falar sobre o empreendimento com o titular da Adece, o diretor da Polimix, José Antero dos Santos, destacou que o Ceará foi escolhido para receber o empreendimento por uma série de fatores. “Entre eles, o potencial que o Estado tem como mercado consumidor, a ótima localização geográfica, infraestrutura imbatível, o Porto do Pecém ao lado de Fortaleza com rodovias federais, estradas locais em bom estado, a proximidade com outros estados como Piauí e Maranhão e, sobretudo, uma política de incentivos fiscais e de apoio na infraestrutura para a implantação do empreendimento”, disse,. Ele acrescentou ainda que o Grupo tem a intenção de instalar mais três empreendimentos no local.

Atrativos

O titular da Adece ressalta que vários fatores contribuem para tornar a região do Cipp atrativa para os empreendedores, com estímulos que vão desde aspectos geográficos até incentivos fiscais. “Um atrativo muito forte é a localização privilegiada. Temos um porto offshore, com uma estrutura espetacular e um calado considerável para a chegada e saída de navios.

A Transnordestina (ferrovia que ligará o Porto do Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco) vai dar um novo norte para a logística para outros Estados. Também temos mão de obra capacitada e os incentivos fiscais do Estado”, diz.

Futuro

Para os próximos anos, Ferruccio Feitosa se mostra otimista com o cenário promissor que se forma para o Estado, que, segundo diz, possui as condições necessárias para o bom desenvolvimento econômico. “Vejo (os próximos anos) com muito otimismo. Temos uma área (o Cipp) que o Estado foi muito feliz no momento em que a delimitou. Essa área dá segurança de que temos um ambiente bem estruturado para o crescimento econômico, para vislumbrarmos um futuro promissor”.

“Quando eu olho na perspectiva dos próximos anos, eu vejo aquilo como uma cidade industrial bem planejada, geradora de grandes oportunidades para os cearenses”, afirma.

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