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Universidades cearenses têm 16 pesquisadores entre os mais influentes do mundo

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O Ceará tem 16 pesquisadores listados em dois rankings mundiais que apontam os 160 mil cientistas mais influentes da atualidade, conforme estudo publicado na revista científica Plos Biology.

No primeiro ranking são registrados o impacto considerando toda a carreira dos pesquisadores, enquanto o segundo se refere ao impacto especificamente no ano de 2019.

Dentre os docentes, 14 professores são da Universidade Federal do Ceará, um da Universidade Regional do Cariri e um da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. A pesquisa contou com banco de dados Scopus, no qual possui resumos e citações de artigos em periódicos científicos de pelo menos 21 mil títulos.

“É uma vitória não só minha, mas de todas as instituições do Ceará”, declara o professor do Instituto de Ciências do Mar da UFC, Luiz Drude de Lacerda, um dos selecionados em ambos os rankings. “A vitória é uma sinalização de que não só é possível, como é absolutamente provável que sejamos pontes para a ciência do mundo”, acrescenta.

Luiz Drude de Lacerda é professor do Instituto de Ciências do Mar da UFC  — Foto: Arquivo pessoal

Luiz Drude de Lacerda é professor do Instituto de Ciências do Mar da UFC — Foto: Arquivo pessoal

Mulher na Ciência

Sueli Rodrigues é a única mulher selecionada no Ceará — Foto: Arquivo pessoal

Sueli Rodrigues é a única mulher selecionada no Ceará — Foto: Arquivo pessoal

Assim como Luiz, a professora do departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Ceará, Sueli Rodrigues, também sentiu o impacto dessa conquista, principalmente por ser a única mulher selecionada no Ceará.

Paulista, mas residente do Ceará desde 2004, cursou em Engenharia Química na Universidade Estadual de Campinas durante a graduação, onde se aprofundou no processo de pesquisa científica.

“Eu conheci muito o funcionamento da universidade, tive oportunidade de trabalhar com vários professores, tanto na doação quanto no meu trabalho como técnica e isso me despertou o interesse pra vida acadêmica”, comenta.

Após a graduação, fez mestrado e doutorado na faculdade de Engenharia Química da Unicamp, optando por vir ao Nordeste para ser bolsista de desenvolvimento regional na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A entrada na UFC ocorreu logo depois.

Interiorização da pesquisa

No caso do professor Henrique Douglas Melo, do Departamento de Química Biológica da Universidade Regional do Cariri, as histórias em quadrinhos inspiraram o amor pela genética e pela pesquisa. “Eu sempre gostei muito dos X-Men, e eles me guiaram a pesquisar mutações”, compartilha.

Henrique Douglas Melo, do Departamento de Química Biológica da Universidade Regional do Cariri — Foto: Arquivo pessoal

Henrique Douglas Melo, do Departamento de Química Biológica da Universidade Regional do Cariri — Foto: Arquivo pessoal

Henrique veio ao Ceará após ser aprovado como professor na URCA, em 1998, enquanto cursava o mestrado. Hoje, já doutor, pesquisa a resistência a antibiótico, assim como o uso de produtos naturais no controle de bactérias patogênicas. Além disso, ocupa cargos como a coordenação do laboratório de microbiologia molecular da Universidade Regional do Cariri e liderança do grupo de pesquisa de microbiologia aplicada, ligado ao CNPq.

Ao ver o seu nome na lista, o principal sentimento foi de orgulho, tanto por ver que outros ex-professores também estavam inclusos, tanto por ser a pessoa responsável por levar a nomeação com o título da URCA.

Para ele, o fato de ser uma instituição localizada não somente no Nordeste, assim como no interior do Ceará tem um impacto grande. “Isso é muito importante pra ser enfatizado”, diz, principalmente por ser uma região marcada por desigualdade sociais em que a instituição pública atende “a alunos que vivem ainda na comunidade rural em situação de extrema fragilidade social”, finaliza.

Veja lista

Universidade Federal do Ceará (UFC)

  • Aldo Ângelo Moreira Lima, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia
  • Daniel Benevides da Costa, do Curso de Engenharia da Computação do Campus de Sobral
  • Fabiano André Narciso Fernandes, do Departamento de Engenharia Química
  • Jorg Heukelbach, colaborador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Luiz Drude de Lacerda, do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR)
  • Ronaldo de Albuquerque Ribeiro (falecido em 2015), do Departamento de Fisiologia e Farmacologia
  • Sueli Rodrigues, do Departamento de Engenharia de Alimentos
  • Vietla Satyanarayana Rao, colaborador do Departamento de Fisiologia e Farmacologia
  • André Lima Férrer de Almeida, do Departamento de Engenharia de Teleinformática
  • Antônio Gomes de Souza Filho, do Departamento de Física
  • Cristiano André Köhler, colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
  • Flávia Almeida Santos, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia
  • Joaquim Albenisio Gomes Silveira, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
  • Luciana Rocha Barros Gonçalves, do Departamento de Engenharia Química

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)

  • José Cleiton Sousa dos Santos, pós-Doutorado em Engenharia Química

Universidade Regional do Cariri (URCA)

  • Henrique Douglas Melo Coutinho, do Departamento de Química Biológica
  • G1 CE
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