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Vaticano: Pio XII «arriscou-se» para salvar judeus – Papa Francisco

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Cidade do Vaticano, 05 jun 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco elogiou hoje o Papa Pio XII pela sua ação em defesa dos judeus durante a II Guerra Mundial (1939-1945), apresentando-o como exemplo do cumprimento das obras de misericórdia.

“Muitas vezes corremos riscos. Pensemos aqui, em Roma, em plena guerra: quantos arriscaram, a começar por Pio XII, para esconder os judeus, para que não fossem mortos, para que não fossem deportados”, disse, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

“Arriscavam a sua pele, mas era uma obra de misericórdia salvar aquelas pessoas”, acrescentou.

Na última terça-feira, o Pontifício Colégio Português, em Roma, foi distinguido com o título ‘Casa de Vida’, da Fundação Raoul Wallenberg, reconhecendo o papel da instituição católica durante a II Guerra Mundial no acolhimento aos perseguidos pelo regime nazi.

Eugenio Pacelli (1876-1958), o Papa Pio XII, foi declarado “venerável” por Bento XVI em dezembro de 2009, o primeiro passo em direção à sua beatificação.

Pio XII, assegurou então  Papa emérito, “agiu muitas vezes de forma secreta e silenciosa, porque, à luz das situações concretas daquele complexo momento histórico, ele intuía que só desta forma podia evitar o pior e salvar o maior número possível de judeus”.

Na radiomensagem do Natal de 1942, Pio XII alertou para a situação de “centenas de milhares de pessoas que sem culpa nenhuma da sua parte, às vezes só por motivos de nacionalidade ou raça, se veem destinadas à morte ou a um extermínio progressivo”.

Em julho de 2012, o memorial ‘Yad Vashem de Jerusalém’, que evoca as vítimas do Holocausto durante a II Guerra Mundial, modificou um texto que acusava o Papa Pio XII de não ter feito o suficiente pelos judeus.

O grupo de especialistas dedicado às atividades do Vaticano e de Pio XII levou em consideração “as pesquisas realizadas nos últimos anos” e apresenta “uma imagem mais complexa do que anteriormente”.

A legenda acrescentou referências à sua neutralidade e às ações da Igreja Católica que permitiram salvar do Holocausto “um número importante” de judeus.

OC

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