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‘Você não acredita numa única palavra do que acabou de dizer’, diz Ciro a Haddad sobre Constituinte

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Fernando Haddad e Ciro Gomes, candidatos do PT e do PDT à Presidência da República, respectivamente, protagonizaram um embate duro durante o debate da TV Record na noite desse domingo, 30. Os disputam uma vaga no segundo turno da eleição presidencial.

Perguntado sobre a proposta de criar “condições” para convocar uma nova Assembleia Nacional Constituinte, o petista afirmou que a ideia veio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ele imaginava uma situação em que nós poderíamos criar as condições para que nós pudéssemos, no futuro, criar as condições para que nós tivéssemos uma Constituição mais moderna, mais enxuta, com princípios e valores bem constituídos”, afirmou Haddad.

A ideia, ainda segundo o petista, é a de reequilibrar os poderes e reformar os sistemas tributários e bancário. “E isso pode ser feito, se o Congresso decidir convocar uma Assembleia exclusiva ou, se o Congresso assim não entender, ele pode se reformar. Mas com a celeridade necessária, para que nós possamos repactuar a República no Brasil”, acrescentou o petista.

“Você não acredita numa única palavra do que acabou de dizer. Não existe poder constituinte no presidente da República”, rebateu Ciro, esclarecendo que só o Congresso tem o poder para chamar uma Assembleia para mudar a Constituição. “Essas palavras foram postas na sua boca porque, infelizmente, há uma vingança que você está encarregado de fazer”, declarou o candidato do PDT.

Ciro ainda afirmou que a proposta do PT se assemelha à do vice na chapa do candidato do PSL, Hamilton Mourão (PRTB). No dia 13, o general sugeriu que o país faça uma nova Constituição, mais enxuta e focada em “princípios e valores imutáveis”, mas não necessariamente por meio de uma Assembleia Constituinte. Haddad disse que a proposta do general não tem “nada a ver com o que está escrito” no plano de governo petista.

“O general Mourão propôs convocar um conselho de notáveis nomeado pelo Bolsonaro ou por ele, não se sabe, e, por fora do Congresso Nacional, que não teria nenhuma participação no processo, submeter uma carta redigida por esse conselho, por plebiscito ou referendo, à população”, disse.

O debate promovido pela Record foi o penúltimo antes do primeiro turno das eleições. Este é o quinto e penúltimo debate entre os candidatos à Presidência. Além de Ciro e Haddad, participaram também Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL) Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). O candidato Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta nesse sábado, 29, após 23 dias internado para se recuperar de uma facada, e não compareceu ao encontro promovido pela Record.

Com informações do Portal Uol Notícias

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