Quatro dias após cirurgia realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mantém boa evolução clínica, segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (1º).
De acordo com o boletim, ele “já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais”. “Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações. Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto. Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas.”
O presidente passou por uma cirurgia para a retirada de uma bolsa de colostomia e a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso na segunda-feira (28).
Mais cedo, Bolsonaro divulgou um vídeo, em sua conta no Twitter, em que aparece chorando ao assistir a uma dupla cantando “Evidências”, de Chitãozinho e Chororó.
Também nesta sexta, o presidente fez sua primeira vídeoconferência no gabinete provisório montado no hospital. A reunião foi com o ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno.
Boletim médico de Jair Bolsonaro do dia 1º de fevereiro — Foto: Reprodução
Em coletiva nesta quinta, o porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, disse que o presidente está tentando se manter sem falar, mas a recomendação médica é difícil de ser acolhida por Bolsonaro. “O presidente é difícil, ele está falando já. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando.”
“Hoje [ontem]ele despachou tête-à-tête com o doutor João. Eu diria que ele vem tentando se adaptar-se à essa recomendação, mas o espírito dele é liderar pelo exemplo, pela conversa, pela convicção daquilo que vem pondo aos seus ministros. Eu tenho de reconhecer que é difícil e ainda ele se domina nessa questão de falar, mas tem procurado atender aos ditames que os médicos lhe impõem”, completou.
Sobre a melhora do quadro clínico de Bolsonaro e a possibilidade de ele já ter conversado com algum ministro, Barros disse que o presidente “não fez videoconferência e ao menos que eu saiba ele não conversou com ministros hoje. Mas no próprio quarto já conversa com a esposa, com os filhos e assessores.”