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Grupo de Lima discute crise na Venezuela; vice-presidente dos EUA promete novas sanções

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Representantes do Grupo de Lima pediram nesta segunda-feira (25) soluções pacíficas para a crise humanitária na Venezuela. Em reunião em Bogotá, capital da Colômbia, o vice-presidente dos Estados UnidosMike Pence, reforçou apoio ao autoproclamado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, e prometeu novas sanções ao regime de Nicolás Maduro.

No encontro, os países integrantes do Grupo de Lima aceitaram a Venezuela – representada por Guaidó – como novo membro da associação. Entre os participantes da cúpula, estava o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão.

O Grupo também pediu que o Tribunal Penal Internacional “leve em consideração a grave situação humanitária na Venezuela, a violência criminosa do regime de Nicolás Maduro contra civis e negação de acesso a assistência internacional, que constituem um crime contra a humanidade”, segundo uma declaração lida pelo chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo.

Encontro do Grupo de Lima acontece nessa segunda-feira (25) em Bogotá, na Colômbia — Foto: Diana Sanchez / AFPEncontro do Grupo de Lima acontece nessa segunda-feira (25) em Bogotá, na Colômbia — Foto: Diana Sanchez / AFP

Encontro do Grupo de Lima acontece nessa segunda-feira (25) em Bogotá, na Colômbia — Foto: Diana Sanchez / AFP

O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar para o restabelecimento da democracia na Venezuela. Integram o grupo os chanceleres de países como Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Peru, entre outros.

Veja as declarações da reunião do Grupo de Lima:

Vice dos EUA promete novas sanções

Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, fala sobre crise da Venezuela em reunião do Grupo de Lima em Bogotá, capital da Colômbia — Foto: Luisa Gonzales/ReutersVice-presidente dos EUA, Mike Pence, fala sobre crise da Venezuela em reunião do Grupo de Lima em Bogotá, capital da Colômbia — Foto: Luisa Gonzales/Reuters

Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, fala sobre crise da Venezuela em reunião do Grupo de Lima em Bogotá, capital da Colômbia — Foto: Luisa Gonzales/Reuters

Em discurso, Pence prometeu novas sanções “ainda mais fortes” à “rede de corrupção financeira” do regime de Maduro.

“Vamos encontrar até o último dólar que eles roubaram do dinheiro do povo venezuelano”, disse o vice-presidente dos EUA.

Ele também pediu que o Grupo de Lima faça como o governo norte-americano e congele os bens da PDVSA e os transfira para a administração de Guaidó. Pence ainda fez um apelo para que esses países restrinjam a concessão de vistos e reconheçam os representantes do presidente autoproclamado.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, desembarca em Bogotá para participar da reunião do Grupo de Lima — Foto: Joaquin Sarmiento/AFPO vice-presidente dos EUA, Mike Pence, desembarca em Bogotá para participar da reunião do Grupo de Lima — Foto: Joaquin Sarmiento/AFP

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, desembarca em Bogotá para participar da reunião do Grupo de Lima — Foto: Joaquin Sarmiento/AFP

Além disso, Pence reforçou a mensagem do presidente norte-americano, Donald Trump, aos militares da Venezuela – de que eles devem deixar a lealdade ao regime Maduro e apoiar Guaidó. Caso contrário, “vão perder tudo”, reforçou o vice, repetindo a fala de Trump.

“A você, presidente Guaidó, uma simples mensagem do presidente Trump: estamos com você 100%”, declarou Pence.

Pence afirmou que a violência durante a tentativa de entrega de alimentos e remédios tão necessários à Venezuela fortalece a determinação dos EUA de apoiar Guaidó até que a liberdade seja restabelecida no país. Na mesma linha de Trump, o vice norte-americano repetiu que “todas as opções estão à mesa” para “restaurar a liberdade” aos venezuelanos.

Também nesta segunda-feira, o governo dos Estados Unidos pediu reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre a Venezuela. A reunião do Conselho, marcada a princípio para esta terça-feira, será aberta, informaram diplomatas segundo a agência France Presse.

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