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A receita para desamarrar as mãos da iniciativa privada e gerar empregos

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Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Há imensa e otimista expectativa quanto ao trabalho de Paulo Guedes à frente do novo Ministério da Economia. Por si só, em função de sua formação acadêmica, o nome é uma grande novidade por representar mudanças de paradigmas no que diz respeito à relação do Estado com a economia. Guedes é um liberal.

Por sua natureza, os economistas que se filiam à linha liberal trabalham para retirar as travas que dificultam o desempenho da iniciativa privada. Portanto, muita atenção ao que diz o economista Carlos da Costa, da mesma linha de Guedes, que vai comandar a também nova Secretaria Geral de Produtividade e Emprego.

Em entrevista ao serviço de notícias em tempo real do Estadão, o Broadcast, Costa disse algo óbvio e ululante, mas que, sai governante entra governante, é negado no cotidiano das gestões e, principalmente, no senso comum da sociedade: “Quem gera emprego é o setor privado, não o governo”. Pois é. Vejam a seguir duas questões e respostas de Carlos da Costa, que é mestre em economia pela UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).

Quais as primeiras medidas?
Certamente as de destravamento para remover as amarras das empresas. Precisamos acelerar o desenvolvimento da produtividade do País. Temos uma produtividade média de 23% da do trabalhador americano.

Como o governo vai alcançar a meta de 10 milhões de empregos em 4 anos?
Quem gera emprego é o setor privado, não o governo. Essa é uma mudança de abordagem central. O Estado tem de remover os obstáculos à criação de empregos. Temos inúmeras regulamentações, proibições que amarram as mãos dos empresários. Temos de garantir que alguns setores que geram muito emprego tenham precedência nas nossas ações de liberalização e destravamento. O primeiro deles é a construção, que tem o maior potencial de geração de empregos no curto prazo. Temos de atuar para reduzir as barreiras regulatórias, obstáculos para que as obras aconteçam.

O que mais poderá ser feito?
Precisamos de uma reforma tributária com menos carga sobra a produção e o emprego. É um segundo elemento que vai agir para a geração de empregos. Vamos lançar o Programa Nacional de Qualificação de Capital Humano. O Brasil está ficando para trás na corrida global da mão de obra qualificada e estamos perdendo competitividade pela ausência de política efetivas de investimento.

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