Desde fevereiro de 2015 o reservatório não ultrapassava a marca dos 23%. Atualmente, o açude está com 23,79%.
O Açude Castanhão, maior reservatório do país, está com seu melhor volume hídrico dos últimos sete anos. Desde 13 de fevereiro de 2015 ele não ultrapassava a marca dos 23%. Atualmente, o açude está com 23,79%. O reservatório tem capacidade para acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos (m³) de água.
Neste primeiro trimestre de 2022, o reservatório aportou quase 600 milhões de metros³. Esta foi a maior recarga dentre os 155 açudes cearenses em 2022, de acordo com dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do estado (Cogerh).
O pior momento do Açude Castanhão foi em 22 de fevereiro de 2018 quando estava com volume morto. Seu volume na época estava apenas 2,08%.
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O volume morto – também chamado de reserva técnica – é a água que fica abaixo do nível de captação dos reservatórios, que não foi programada para ser usada no dia a dia e funciona como “poupança” em caso de emergência. Não existe uma separação física entre a água do volume morto e a água do volume útil. É a mesma água, apenas em um nível mais profundo.
Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, o Castanhão é o maior reservatório público do país para múltiplos usos. Concluído em 2003, sua barragem fica localizada no município de Alto Santo e constitui importante reserva estratégica de água. É utilizado para irrigação, abastecimento urbano, piscicultura e regularização da vazão do Rio Jaguaribe.
Aporte dos açudes da Região Metropolitana
Os açudes Pacoti, Pacajus, Riachão, Gavião e Aracoiaba registraram no fim do mês de maio 100% de de volume, o que dá autonomia de água para a Região Metropolitana de Fortaleza, sem necessidade de transferência das águas do açude Castanhão, conforme a Cogerh. Com isso, a região deixou a situação de escassez hídrica.
O cenário permitiu também a revogação do Ato Declaratório que insere a cidade de Fortaleza e a Região Metropolitana na condição de escassez hídrica. Segundo a Cogerh, no mesmo período de 2021 o sistema registrava 71% de sua capacidade. Ainda de acordo com a Companhia, a quadra chuvosa positiva no Ceará é a responsável pela melhora na capacidade dos açudes.
Um dos exemplos dos feitos da quadra chuvosa é no açude Pacoti, que devido aos anos seguidos de estiagem não vinha acumulando aportes expressivos e estava sem sangrar desde 2009, mas a situação reverteu e o reservatório teve seu primeiro sangramento após esse período no último dia 15 de maio.
G1 CE