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André Figueiredo diz que não faz oposição raivosa a Elmano e que Fortaleza é prioridade nacional para o PDT

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O deputado federal e presidente nacional do PDT, André Figueiredo, falou que seu partido, apesar de derrotado no Estado, deve continuar trabalhando na gestão em Fortaleza. A fala foi dada durante o último Focus Colloquium, comandado pelo jornalista Fábio Campos.

“O PDT nunca foi um partido grande no Ceará. Ele se tornou com a entrada de Cid, Ciro e do Roberto Cláudio. Sempre foi um partido que primou pela coerência”, começou. “(Dito isso), vamos fazer uma recapitulação do histórico”, disse.

“Havia sido decidido entre o então governador Camilo Santana (PT) e o senador Cid Gomes (PDT) que caberia ao PDT escolher o seu candidato ao governo. Camilo, inclusive, iria apoiar”, disparou André. “Fizemos uma série de 10 encontros regionais com a presença dos quatro pré-candidatos, Roberto Cláudio, Izolda (governadora, na época), Evandro Leitão e Mauro Filho”, lembrou.

“Sempre se pactuou que aquele escolhido teria o apoio dos demais, mas, infelizmente, aconteceram circunstâncias que acabou levando a uma situação bem chata. Nós temos aí o senador Cid Gomes, um dos maiores líderes do Ceará, em um agravamento familiar. Gerou também todo esse afastamento”, desenvolveu.

Vale destacar que a crise começou quando, ao optarem pelo ex-prefeito de Fortaleza, RC, Camilo rompeu com os pedetistas, visto que queria Izolda na reeleição. Não satisfeito, lançou Elmano de Freitas na disputa, que venceu logo no primeiro turno. RC ficou em terceiro, atrás do líder da oposição, Capitão Wagner (UB).

Cid, que para os pedetistas devia ter apoiado RC, fez campanha apenas para Ciro, que concorria ao cargo de presidente. Ciro, que se sentiu traído, ficou em quarto na corrida presidencial. Inúmeras vezes disse que sentiu “uma apunhalada nas costas de difícil cicatrização”. Até hoje, o PDT segue rachado internamente, com muitos apoiando Elmano e outros servindo de oposição, liderados por Ciro e RC.

“Na minha compreensão, se o Cid tivesse dito pro Camilo que o candidato seria RC, o Camilo aqueceria. Tenho convicção. Sou presidente estadual do partido e eu nunca fui chamado pelo Camilo. Ele nunca me disse: “André, nós queremos a Izolda”. Nunca fui chamado. Fizeram um acordo sem consultar o partido. Nas vésperas da votação, ligaram para todos e menos para mim. Seria uma oportunidade, inclusive, de dialogar”, enfatizou.

“Não tinha dúvida que o melhor candidato era RC, ele seria um grande governador, mas, infelizmente, perdemos. Veio a onda Lula que foi avassaladora em todo Nordeste. Foi de impressionar. Nem mesmo quem apoiava Elmano, acreditava que ele ia vencer no primeiro turno”, desenvolveu o pedetista.

“Não estamos fazendo oposição raivosa ao Elmano, de forma alguma. Queremos apoiar o que tiver ao nosso alcance. Agora, nós temos que ter as nossas prioridades. Ano que vem tem eleição municipal. Certamente o PT, legitimamente, vai querer seu partido no maior número de prefeitos. Fortaleza não é só prioridade estadual, é prioridade nacional para o PDT. Nós vamos trabalhar muito para que continuemos na gestão de Fortaleza, que vem dando certo”, garantiu.

focus.jor

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