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Após espera de 4 meses, paciente viaja para consulta em Fortaleza e encontra ambulatório fechado

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Consultas são canceladas no Albert Sabin e pacientes dão viagem perdida

Ângela Barbosa, natural de Juazeiro do Norte, interior do Ceará, tinha consulta marcada para o seu filho no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza, para esta sexta-feira (21), mas foi surpreendida quando chegou ao local nesta manhã e descobriu que a consulta não iria acontecer. O Estado decretou ponto facultativo nessa sexta-feira (21).

O atendimento estava marcado desde fevereiro deste ano. “A primeira consulta em fevereiro eu já tinha aguardado seis meses e agora mais quatro meses desde fevereiro para chegar aqui e encontrar tudo fechado”, relata.

Cerca de 15 famílias, incluindo Ângela, encontraram o ambulatório de especialidades do hospital, onde são feitas as consultas, fechado por conta do feriado dessa última quinta-feira (20), segundo informou um segurança no local. O hospital também enfrenta problemas com superlotação e leitos improvisados em corredores.

Pacientes encontram hospital fechado após quatro meses de espera — Foto: TV Verdes Mares/ReproduçãoPacientes encontram hospital fechado após quatro meses de espera — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Pacientes encontram hospital fechado após quatro meses de espera — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

De acordo com o Hias, pacientes com consultadas marcadas para esta sexta-feira vinham sendo contatados durante a semana para a desmarcação. “Entretanto, houve alguns casos em que as chamadas não foram atendidas ou completadas”, informa o hospital, por meio de nota, ressaltando ainda, que cirurgias e atendimentos na emergência seguem funcionando.

Contudo, mães que estavam no local nesta manhã afirmam não terem sido procuradas em nenhum momento. “Não avisaram nada pra ninguém, eles tem meu número e o número da minha família. Quem é prejudicado são os nossos filhos que vem de longe correndo risco. É uma irresponsabilidade”, desabafa uma mãe que veio de Brejo Santo, distante cerca de 500 quilômetros de Fortaleza.

Falta de assistência

Lotação em sala de espera do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza.  — Foto: Camila Lima/SVMLotação em sala de espera do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza.  — Foto: Camila Lima/SVM

Lotação em sala de espera do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza. — Foto: Camila Lima/SVM

Ângela Barbosa, que mora em Juazeiro do Norte, pondera que não recebeu nenhum tipo de orientação da equipe do hospital “Nós moramos longe. Não temos ninguém responsável para falar ‘fiquem, vão para casa uma casa de apoio, tem assistência para vocês que estão com criança’. A gente queria alguma ajuda que pudesse justificar essa irresponsabilidade”, afirma.

Segundo o hospital, “as consultas ambulatoriais serão retomadas na segunda-feira, 24, normalmente”. A unidade de saúde também ressaltou que lamenta inconvenientes que tenham sido causados”.

Com superlotação no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, crianças passam até 7 horas para conseguir leito improvisado. — Foto: Camila Lima/SVMCom superlotação no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, crianças passam até 7 horas para conseguir leito improvisado. — Foto: Camila Lima/SVM

Com superlotação no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, crianças passam até 7 horas para conseguir leito improvisado. — Foto: Camila Lima/SVM

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