O Nordeste é a região com mais representantes na lista, com 35 parlamentares, sendo 22 deputados e 13 senadores. Pernambuco é o estado mais bem representado em Brasília, de acordo com o levantamento, que traz 11 parlamentares pernambucanos. O Ceará é o quarto na lista, atrás ainda de Bahia e Paraíba, que têm, ambos, seis parlamentares entre os 100 mais influentes.
“O que a gente considera, basicamente, são três critérios. O institucional, que é o posto que o parlamentar ocupa na estrutura da Casa. O decisional, que é como ele se comporta frente a votações, relatorias etc. E o reputacional, que é como o parlamentar é visto pelos seus colegas”, afirma o Diretor de Documentação do Diap, Antônio Queiroz, o Toninho.
Ele cita algumas limitações impostas pelo período de avaliação, que considera a atuação parlamentar entre os meses de fevereiro e junho, profundamente afetados pelas novas dinâmicas trazidas pela pandemia.
“As dificuldades foram basicamente maiores na Câmara, porque não houve eleição das presidências de comissões, que são um referencial importante do ponto de vista do prestígio do parlamentar frente ao seu partido, à bancada etc. E também as votações passaram a ser remotas, então isso (a avaliação) passou a ser uma coisa mais do aspecto de reputação, de como o parlamentar é visto pelos seus colegas”, afirma.
Parlamentares cearenses
Os dois deputados federais cearenses presentes na lista integram o levantamento do Diap pelo 10° ano consecutivo. André Figueiredo, com reconhecida habilidade de “debatedor”, e José Guimarães, cujos predicados de “negociador” são apontados na pesquisa.
O senador Tasso Jereissati integra a lista pela 14ª oportunidade (apenas oito parlamentares da atual legislatura têm mais aparições que ele), reconhecido na função de “formulador”, ou seja, por elaborar os textos com propostas para deliberação. Já o colega de Senado, Cid Gomes, está pela 2ª vez na lista dos 100 mais influentes publicada pelo Diap, apontado como destaque na figura de “debatedor”.
Além dos quatro já citados, o senador Eduardo Girão (Podemos) e o deputado federal Domingos Neto (PSD) saíram em uma segunda lista, reservada a 50 parlamentares “em ascensão”.
Diário do Nordeste
